Atos 16. 25-34
Da última vez que vimos Paulo e Silas haviam sido acusados injustamente de estarem tumultuando a cidade com sua mensagem – quando na verdade haviam causado prejuízo financeiro aos seus acusadores, por terem expulsado um demônio de uma jovem escrava. Depois de serem chicoteados, conforme a prescrição da lei romana, ambos foram lançados ao cárcere e acorrentados.
O interesse de Lucas é demonstrar que a expansão da igreja cristã foi realizada sob toda espécie de dificuldades e perseguições. Até então era por parte dos judeus, mas agora se inclui também osgentios. Inicialmente esta perseguição será motiva por questões econômicas, mas posteriormente será também por questões políticas.
Paulo e Silas em vez de estarem se lamuriando e manifestando uma autocomiseração, tão popular entre os cristãos atuais, eles orame louvam a Deus (e por certo podemos incluir também a pregaçãoaos demais presos).
Em determinado momento há um forte terremoto e as cadeias (correntes) e portas da prisão se abrem – na prisão todos ficam livres. O carcereiro desperta e ao contemplar a cena e imaginando que todos os prisioneiros fugiram, desembainha sua espada para matar-se, mas Paulo grita: “Não faça isso, pois todos continuam aqui”. O carcereiro imediatamente reconhece a ação divina em tudo aquilo e prostrado houve e crê na mensagem dos apóstolos “Creia no Senhor Jesus e será salvo”. Imediatamente leva os dois mensageiros para sua casa, cuida de suas feridas e submete-se, juntamente com toda sua família ao batismo, professando publicamente sua fé em Cristo e em seguida partilham da refeição.
O que Lucas faz nesta cena é algo muito lindo. Ele desenha para seus leitores, com preciosos detalhes, a estrutura do culto cristão daqueles primeiros dias da igreja cristã. Vejamos:
Orações / Cânticos / Pregação / Conversão / Batismo / Ceia.
E com este relato Lucas conclui a descrição de uma igreja cristã eminentemente gentílica. Totalmente antagônica às propostas judaicas ou gentílicas. Seus primeiros membros são mulheres (Lídia); escravos (jovem liberta) e um carcereiro (primeiro degrau da escada social daqueles dias).
Hoje, quando as igrejas foram transformadas em empresas e instituições financeiras, este relato de Lucas parece simplório e totalmente deslocado. Mas foi assim que o Espírito Santo iniciou as primeiras comunidades cristãs – com os pobres e párias da sociedade.
Hoje quando a mensagem do Evangelho tem sido totalmente desvirtuado para oferecer às pessoas a prosperidade e bem estar, Lucas registra que a mensagem evangélica sempre teve como prioridade a salvação (da alma eterna) dos pecadores.
Shalom, meu leitor. Com Jesus não tememos o mal e nem a morte.....Somos chamados a libertar os cativos,e, com certeza , o Senhor sempre nos dará VITÓRIA !!! Coragem e avance....os Campos estão Brancos !!!