sábado, 30 de janeiro de 2010

" SEGUNDA VINDA DE CRISTO " !!!


“E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras... Certamente, venho sem demora” (Ap 22.12,20).

O encontro nos ares

Essas palavras, as últimas de Cristo que foram registradas por escrito, confirmam Sua promessa anterior: “...voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14.3). Paulo faz referência ao cumprimento dessa promessa: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, ...e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; ...depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16-17).

Como resposta a essas promessas de Cristo, “o Espírito e a noiva dizem: Vem!” (Ap 22.17); ao que João adiciona, jubilante: “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20b). Quem é essa Noiva? Após declarar que esposo e esposa são “uma só carne”, Paulo explica: “Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja” (Ef 5.32).

A qualquer momento

As palavras de Cristo, do mesmo modo como as de João, do Espírito e da Noiva, não fariam sentido se essa vinda para levar os crentes para Si mesmo tivesse que esperar a revelação do Anticristo (perspectiva pré-ira) ou a consumação da Grande Tribulação (perspectiva pós-tribulacionista). Uma vinda de Cristo “pós-qualquer coisa” para Sua Noiva simplesmente não se encaixa nessas palavras das Escrituras. Afirmar que a Grande Tribulação deve ocorrer primeiro, para que o Espírito e a Noiva digam: “Vem, Senhor Jesus”, é como exigir o pagamento de uma dívida que vai vencer somente em sete anos!

Um Arrebatamento “pós-qualquer coisa” vai contra várias passagens das Escrituras que demandam claramente a vinda de Cristo a qualquer momento (iminente). O próprio Jesus disse: “Cingido esteja o vosso corpo, e acesas as vossas candeias, sede vós semelhantes a homens que esperam o seu senhor” (Lc 12.35,36a). Esse mandamento seria ridículo se Cristo pudesse vir para o Arrebatamento apenas após os sete anos da Tribulação.

A vinda que a Noiva de Cristo tanto deseja levará à ressurreição dos mortos e à transformação dos corpos dos vivos. Isso fica bem claro não somente em 1 Tessalonicenses 4, mas também através de outras passagens: “...de onde (os céus) aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória” (Fp 3.20-21). Muitas outras passagens também incentivam os crentes a vigiar e esperar com intensa expectativa. Essas exortações somente fazem sentido se a possibilidade de Cristo levar Sua Noiva para o céu puder ocorrer a qualquer momento: “...aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1.7); “...deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro, e para aguardardes dos céus o Seu Filho...” (1 Ts 1.9-10); “...aguardando a bendita esperança e a manifestação do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2.13); “...aparecerá segunda vez ...aos que o aguardam para a salvação” (Hb 9.28); “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor” (Tg 5.7).

Diferentes opiniões sobre o Arrebatamento não afetam a salvação, mas deveríamos procurar entender o que a Bíblia diz. A Igreja primitiva estava claramente esperando o Senhor a qualquer momento. Estar vigiando e esperando por Cristo, se o Anticristo deve aparecer primeiro, é como esperar o Pentecoste antes da Páscoa. No entanto, Cristo exortou: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25.13); “...para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo. O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai” (Mc 13.36-37).

A surpresa da Sua vinda

A seguinte afirmação de Jesus também não se encaixa numa vinda pós-tribulacionista: “Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Mt 24.44). É absurdo imaginar que qualquer pessoa sobrevivente da Grande Tribulação, que tenha visto os eventos profetizados (as pragas e julgamentos derramados na terra; a imagem do Anticristo no Templo; a marca da besta imposta a todos que quiserem comprar e vender; as duas testemunhas testificando em Jerusalém, sendo mortas, ressuscitadas e levadas ao céu; Jerusalém cercada pelos exércitos do mundo, etc.), tendo contado os 1260 dias (3 anos e meio) de duração da segunda metade da Grande Tribulação (preditos em Apocalipse 11.2-3;12.14), poderia imaginar naquela hora que Cristo não estaria a ponto de retornar! Após todos esses acontecimentos, isso será por demais evidente. Portanto, simplesmente não há como reconciliar uma vinda de Cristo pós-tribulacionista com Seu aviso de que virá quando não estiver sendo esperado.

Distinção entre Arrebatamento e Segunda Vinda

Somente essa afirmação já distingue o Arrebatamento (a retirada da Igreja da terra para o céu) da Segunda Vinda (para resgatar Israel durante o Armagedom); pois este último acontecimento não vai surpreender quase ninguém. Contrastando com Seu aviso de que mesmo muitos na Igreja não O estarão esperando, as Escrituras anunciam outra vinda de Cristo quando todos os sinais já tiverem sido cumpridos e todos souberem que Ele está voltando. A um Israel descrente, Cristo declarou: “Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas” (Mt 24.33). Até o Anticristo saberá: “E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o Seu exército” (Ap 19.19).

“Cingido esteja o vosso corpo, e acesas as vossas candeias, sede vós semelhantes a homens que esperam o seu senhor” (Lc 12.35,36a)

Ou Cristo está se contradizendo (impossível!), ou Ele está falando de dois eventos. Jesus disse que virá num tempo de paz e prosperidade quando até Sua Noiva não estará esperando por Ele: “Ficai também vós apercebidos, porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Lc 12.40). Não somente as [virgens] néscias, mas até as sábias estarão dormindo: “E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram” (Mt 25.5).

No entanto, a Escritura diz que o Messias virá quando o mundo estiver quase destruído pela guerra, fome e os juízos de Deus, e quando Israel estiver quase derrotado. Então, Yahweh declara: “olharão para aquele a quem traspassaram” (Zc 12.10b), e todos os judeus vivos na terra reconhecerão seu Messias que retornará como “Deus forte, Pai da Eternidade” (Is 9.6): exatamente como os profetas previram, Ele veio como homem, morreu pelos seus pecados, e retornará, dessa vez para salvar Israel. Sobre esse momento culminante, Cristo declara: “Aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt 24.13). Paulo adiciona: “...todo o Israel [ainda vivo] será salvo”... (Rm 11.26).

Dois eventos distintos

Não podemos escapar ao fato de que duas vindas de Cristo ainda se darão no futuro: uma que surpreenderá até mesmo Sua Noiva e outra que não será uma surpresa para quase ninguém. As duas não podem ser o mesmo evento. Mas onde o Novo Testamento diz que ainda há duas vindas a serem cumpridas? Todo cristão crê em duas vindas de Cristo: Ele veio uma vez à terra, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou dentre os mortos, retornou ao céu e voltará. Contudo, em nenhum lugar o Antigo Testamento diz que haveria duas vindas distintas.

Esse fato causou confusão para os rabinos, para os discípulos de Cristo e até para João Batista, que era “cheio do Espírito Santo, já do ventre materno” (Lc 1.15, 41,44), João tinha testificado que Jesus era “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). No entanto, este último dos profetas do Velho Testamento, de quem não havia ninguém maior “nascido de mulher” (Lc 7.28), começou a duvidar: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Mt 11.3).

Somente uma vinda do Messias era esperada. Ele iria resgatar Israel e estabelecer Seu Reino sobre o trono de Davi em Jerusalém. Por essa razão os rabinos, os soldados e a multidão zombaram dEle na cruz (Mt 27.40-44; Mc 15.18-20; 29-32; Lc 23.35-37). Apesar de todos os milagres que Jesus tinha feito, os discípulos, da mesma forma, tomaram Sua crucificação como a prova conclusiva de que Ele não poderia ter sido o Messias. Os dois na estrada de Emaús disseram: “...nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir Israel” (Lc 24.19-21) – mas agora Ele estava morto.

Cristo os repreendeu por não crerem “tudo o que os profetas disseram!” (Lc 24.25). Este era o problema comum: deixar de considerar todas as profecias. Israel tinha uma compreensão unilateral da vinda do Messias (e continua assim atualmente), que lhe permitia ver apenas Seu reino triunfante e o deixava cego para Seu sacrifício pelo pecado. Até mesmo muitos cristãos estão tão obcecados com pensamentos de “conquista” e “domínio” que imaginam ser responsabilidade da Igreja dominar o mundo e estabelecer o Reino de Deus, para que o Rei possa retornar à terra para reinar. Eles se esquecem da promessa que Ele fez à Sua Noiva de levá-la ao céu, de onde ela voltará com Ele para ajudá-lO a governar o mundo.

O Arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação

Como poderia Cristo executar julgamento sobre a terra, vindo do céu “entre suas santas miríades (multidões de santos)” (Jd 14), se primeiro não as tivesse levado para o céu? Aqui temos outra razão para um Arrebatamento anterior à Tribulação. Incrivelmente, Michael Horton, em seu livro “Putting Amazing Back into Grace”, imagina que 1 Tessalonicenses 4.14 (“assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem”) refere-se à Segunda Vinda de Cristo “com os santos”. Ao contrário, na ocasião do Arrebatamento Jesus trará a alma e o espírito dos cristãos fisicamente mortos para serem reunidos com seus corpos na ressurreição, levando-os para o céu juntamente com os vivos transformados. Na Segunda Vinda Ele trará consigo de volta à terra os santos vivos, que já foram ressuscitados e previamente levados ao céu no Arrebatamento.

Antes da volta de Cristo com os Seus santos haverá a celebração das Bodas do Cordeiro com Sua Noiva (Ap 19.7). Tendo passado pelo Tribunal de Cristo (1 Co 3.12-15); (2 Co 5.10 ), os santos estarão vestidos de linho fino, branco e puro (Ap 19.8). Certamente eles devem ser também o exército vestido de linho fino, branco e puro (Ap 19.14) que virá com Cristo para destruir o Anticristo. Quando eles foram levados ao céu? É claro que isso não ocorrerá durante a própria Segunda Vinda, pois não haveria tempo suficiente nem para o Tribunal de Cristo, nem para as Bodas do Cordeiro. O Arrebatamento deve ter ocorrido anteriormente.

Aqueles que estão com seus pés plantados na terra, esperando encontrar um “Cristo”, esquecem que o verdadeiro Cristo virá nos buscar para nos encontrarmos com Ele nos ares e nos levará para a casa de Seu Pai. Eles se esquecem também que o Anticristo estabelecerá um reino terreno antes que o verdadeiro Rei volte para reinar. Infelizmente, os que se empenham em estabelecer um reino nesta terra estão preparando o mundo para o reino fraudulento do “homem do pecado”.

A Escritura registra duas vindas

Como alguém nos tempos do Velho Testamento poderia saber que haveria duas vindas do Messias? Somente por implicação. Ou os profetas se contradisseram quando profetizaram que o Messias seria rejeitado e crucificado e que Ele também seria proclamado Rei sobre o trono de Davi para sempre, ou eles falavam de duas vindas de Cristo.

Não há forma de colocar dentro de um só evento o que os profetas disseram. Simplesmente tem de haver duas vindas do Messias: primeiro como o Cordeiro de Deus, para morrer pelos nossos pecados, e depois como o Leão da Tribo de Judá (Os 5.14-15; Ap 5.5), em poder e glória para resgatar Israel no meio da batalha do Armagedom.

A mesma coisa acontece no Novo Testamento. Note as muitas contradições, a menos que estes sejam dois eventos:

1) Ele vem para Seus santos e numa hora que ninguém espera; mas vem com Seus santos quando todos souberem que Ele está vindo.

2) Ele não vem à terra mas arrebata os santos para se encontrarem com Ele nos ares (1 Ts 4.17); por outro lado, Ele vem à terra: “naquele dia, estarão Seus pés sobre o monte das Oliveiras” (Zc.14.4), e os santos vem à terra com Ele.

3) Ele leva os santos para o céu, para as muitas mansões na casa de Seu Pai, para estarem com Ele (Jo.14.3); mas traz os santos do céu (Zc 14.5, Jd 14).

4) Ele vem para Sua Noiva num tempo de paz e prosperidade, bons negócios e prazeres (Lc 17.26-30); mas volta para salvar Seu povo Israel quando o mundo já terá sido praticamente destruído, em meio ao pior conflito já visto na terra, a batalha do Armagedom.

Rebatendo as críticas ao Arrebatamento

Cristo declarou: “Assim como foi nos dias de Noé ...comiam, bebiam, casavam-se... O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre... Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar” (Lc 17.26-30). Essas condições mundiais por ocasião do Arrebatamento só podem se referir ao período anterior à Tribulação; certamente não ao final dela!

Arrebatamento? Há críticos afirmando que a palavra “Arrebatamento” nem está na Bíblia! Isso não é verdade, pois a versão latina da Bíblia (Vulgata), feita por Jerônimo no quinto século, traduziu o grego harpazo (arrancar subitamente) pela palavra raptus (raptar), da qual deriva “Arrebatamento”. Foi o que Cristo nos prometeu em João 14: levar-nos para o céu.

“Certamente, venho sem demora”
(Ap 22.20).

Outros críticos papagueiam o mito propagado por Dave MacPherson, de que o ensino do Arrebatamento antes da Tribulação apareceu apenas no início do século XIX através de Darby, que o teria aprendido de Margaret MacDonald. Ela o teria recebido de Edward Irving, e este, por sua vez, o teria encontrado nos escritos do jesuíta Emmanuel Lacunza. Isso simplesmente não é verdade. Muitos escritores anteriores expressaram a mesma convicção. Um deles foi Ephraem de Nisibis (306-373 d.C.), bem conhecido na história da igreja da Síria. Ele afirmou: “Todos os santos e eleitos de Deus serão reunidos antes da tribulação, que está por vir, e serão levados para o Senhor...” Seu sermão com essa afirmação teve ampla circulação popular em diferentes idiomas.

Sim, uma vinda do Senhor após a Tribulação: “Logo em seguida à tribulação daqueles dias... verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória” (Mt 24.29-30). A referência aos anjos “reunindo Seus escolhidos dos quatro ventos” (vv. 29-31) certamente não significa Cristo arrebatando Sua Igreja para levá-la ao céu, pois trata-se do ajuntamento do Israel disperso, de volta à sua terra quando da Segunda Vinda.

Cristo associou o mal com o pensamento de que Sua vinda se atrasaria: “Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu Senhor demora-se” (Mt 24.48; Lc 12.45). Novamente, essa afirmação não tem sentido se o Arrebatamento vem após a Tribulação.

Não existe motivo maior para uma vida santa e um evangelismo diligente do que saber que o Senhor poderia nos levar ao céu a qualquer momento. Que a Noiva acorde do seu sono, apaixone-se novamente pelo Noivo, e de coração diga continuamente por meio da sua vida diária: “Vem, Senhor Jesus!” (Dave Hunt - TBC - http://www.chamada.com.br)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A FIGUEIRA NAS PROFECIAS !!!


"Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Mt 24.32-35).

Além da oliveira, da videira e do espinheiro, a figueira é uma ilustração de Israel, do judaísmo. Essas quatro "árvores" são mencionadas em uma passagem de Juízes (9.8-15). Além delas, também a romã é uma representação do povo judeu. Certamente a passagem bíblica que exprime com maior precisão que a figueira é uma ilustração de Israel está em Oséias 9.10, onde Deus, o Senhor, diz: "Achei a Israel como uvas no deserto, vi a vossos pais como as primícias da figueira nova..." É o que também se vê claramente em Jeremias 24.3-7: "Então, me perguntou o Senhor: Que vês tu, Jeremias? Respondi: Figos; os figos muito bons e os muito ruins, que, de ruins que são, não se podem comer. A mim me veio a palavra do Senhor, dizendo: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Do modo por que vejo estes bons figos, assim favorecerei os exilados de Judá, que eu enviei deste lugar para a terra dos caldeus. Porei sobre eles favoravelmente os olhos e os farei voltar para esta terra; edificá-los-ei e não os destruirei, plantá-los-ei e não os arrancarei. Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o Senhor; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração."

Além disso, a figueira contém um sentido profético muito profundo, o que se vê claramente nas palavras proféticas de Jesus quando fala da Sua vinda: "Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas" (Mt 24.32-33).

A seguir vamos analisar a figueira Israel à luz profética da Bíblia, perguntando-nos o que podemos aprender dela: "Aprendei, pois, a parábola da figueira..." Três simbolismos chamaram a minha atenção e quero compartilhá-los a seguir:

Primeira representação: a figueira como mestre que ensina o caminho certo, o caminho para a justiça verdadeira, legítima e permanente

Onde a figueira (Israel) aparece pela primeira vez na Bíblia?

Talvez alguns leitores dirão que encontramos em Gênesis 12 o chamamento de Abraão como primeiro hebreu, seguido pelo seu filho Isaque e pelo seu neto Jacó, cujo nome foi mudado por Deus para Israel em Gênesis 32.28: "Então disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste." É correto que o nome Israel aparece aqui pela primeira vez.

Mas eu creio que a figueira (Israel), na profundidade profética dos desígnios da salvação de Deus ("Aprendei, pois, a parábola da figueira..."), já aparece nas primeiras páginas da Bíblia, isto é, em Gênesis 3.7: "Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueiras e fizeram cintas para si." Segundo o meu entendimento, encontramos aqui a primeira menção de Israel como figueira na Bíblia, ou seja, o Israel da lei, que apenas pode cobrir o pecado.

Além da árvore da vida e da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.9), a figueira ("...coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si") é a única árvore do jardim do Éden mencionada pelo nome. Para mim, a menção da figueira já nas primeiras páginas da Bíblia (ao lado de inúmeras outras árvores paradisíacas criadas por Deus, cujos nomes não são citados) é uma gloriosa figura da eleição de Israel: "...o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra" (Dt 7.6).

Adão e Eva haviam pecado e, em conseqüência, reconheceram que estavam nus. Então eles apanharam folhas de figueira e cobriram sua nudez com essas folhas. Entretanto, assim eles somente puderam cobrir a sua culpa, mas não puderam obter o perdão do seu pecado. Para isso foi necessário um sacrifício de sangue: "Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu" (Gn 3.21) Isso significa que Deus matou dois animais e, com sua pele, cobriu a nudez dos dois primeiros seres humanos. O sangue derramado nesse ato serviu para o perdão do pecado.

Portanto, já nas primeiras páginas da Bíblia é revelado profeticamente todo o Plano de Salvação. Ali ele ainda está envolto em mistério, mas no decorrer de outras revelações posteriores tornou-se cada vez mais nitidamente visível.

O que aprendemos disso?

1. As folhas da figueira apontam para uma outra salvação, que é melhor e mais perfeita

Em Hebreus 7.19 está escrito: ("...pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus." Mas quem é a esperança superior, acima da lei? O sacrifício providenciado por Deus em Jesus Cristo na cruz!

Segundo o meu entendimento, as cintas de folhas de figueira indicam a necessidade de uma vestimenta mais definitiva, que exigia um sacrifício com sangue, uma esperança superior. Depois que Adão e Eva pecaram, imediatamente souberam que estavam nus e que deviam cobrir-se: "...coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si." Mas isso não foi suficiente diante do Deus santo. Por isso, cheio de misericórdia, Ele matou dois animais e "fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu."

Exatamente este é o sentido e a finalidade de Israel no Plano de Salvação. A figueira Israel, do começo até o fim, aponta para a salvação superior em Jesus Cristo, o Grande Sacrifício da Justiça de Deus. Em Israel nos foi dada a lei. Mas por meio dela reconhecemos que somos pecadores e carecemos da graça de Deus. Outrora Adão e Eva tomaram as folhas da figueira, mas perceberam que essas cintas feitas por eles mesmos não podiam salvá-los do pecado que haviam cometido e que necessitavam de outra salvação.

Quase toda a Epístola aos Hebreus mostra que o antigo Israel, em todos os seus procedimentos, é uma indicação para Cristo; que todos os seus sacrifícios apontam para o perfeito sacrifício de Jesus na cruz, e que o sumo sacerdote judeu da Antiga Aliança é uma referência ao Sumo Sacerdote verdadeiro, definitivo e eterno: Jesus Cristo.

Israel sob a lei aponta para a graça (Gl 3.24). Em Israel, sob a lei, os pecados puderam ser apenas cobertos (folhas de figueira). Mas pelo sacrifício de Jesus, com sangue – que maravilhosa boa nova de salvação!! – os pecados são perdoados e tirados. A respeito lemos em Hebreus 9.26: "...Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado."

2. Pelas folhas da figueira vemos que as obras da lei não podem produzir a justiça que vale diante de Deus

Em nenhum lugar isso é demonstrado mais claramente do que na figueira Israel. Em todo o decurso da história desse povo, Deus mostrou a todo o mundo que a lei não pode salvar.

Mas justamente este é o grande problema de Israel até hoje, pois eles continuam pensando que podem ser salvos pelas obras da lei. A Bíblia, porém, ensina inequivocamente: "...por obras da lei, ninguém será justificado" (Gl 2.16). Em Gálatas 3.10 isso é expresso de maneira ainda mais precisa: "Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo da maldição..." O apóstolo Paulo dirigiu essas palavras profundamente sérias em primeiro lugar aos crentes na Galácia, que além da graça em Jesus Cristo ainda queriam assumir as leis do judaísmo. Como Adão e Eva ("...coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si)", hoje muitos procuram alcançar o favor de Deus pela observância da lei ou de exercícios religiosos. Conheci, por exemplo, um homem que antes de se converter a Jesus orava o "Pai Nosso" 150 vezes por dia. Todos que fazem tais coisas se esforçam em vão, pois assim estão realmente "...debaixo da maldição". Diante disso, como soa maravilhosa a mensagem do sacrifício de Jesus na cruz: "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito (Dt 21.23): maldito todo aquele que for pendurado em madeiro" (Gl 3.13)"fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu." Ele realizou uma salvação superior!

Hans Brandenburg disse certa vez:

O legalismo é o equívoco de trocar o diagnóstico pela terapia... Legalismo sempre é algo pela metade. Em geral o homem escolhe um ponto especial que está disposto a observar e guardar, e então se apóia na pressuposta observância dessa lei e negligencia a comunhão com Jesus.

Exatamente assim também Paulo se expressa quando fala da figueira Israel: "Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus" (Rm 10.3-4).

Qual é a sua situação? Você já aceitou a graça? No fundo, é tudo tão simples: basta ir ao Senhor Jesus Cristo e Lhe entregar toda a nossa vida. Na verdade, este já é o passo do arrependimento, quando reconhecemos: "Eu sou um grande pecador". É impossível mencionar todos os pecados que cometemos em pensamentos, palavras e ações durante nossa vida. Por isso, venha a Jesus Cristo com toda a sua vida e diga a Ele: "Eu sou um grande pecador. Senhor, eu preciso de Ti para toda a minha vida – para tudo que houve, para tudo que é, e para tudo que virá. Eu te aceito agora como meu Salvador". Então você experimentará repentinamente o que é salvação verdadeira – pois esta é a justiça em Jesus, a justiça que tem valor diante de Deus!

Já nas primeiras páginas da Bíblia a figueira nos é mostrada como uma ilustração de Israel, como um livro didático de Deus ensinando sobre a salvação verdadeira. Assim como as folhas de figueira de Adão e Eva indicavam o anseio de salvação – e mais além o sacrifício pleno e suficiente de Jesus Cristo –, Israel nos é dado como um exemplo que aponta para a graça redentora. Por meio deste povo nos é mostrado claramente o anseio por salvação e a satisfação desse anseio em Jesus Cristo.

Segunda representação: a figueira como mestre que ensina sobre a salvação

Em 2 Reis 20.5-7 o Senhor diz ao Seu profeta Isaías: "Volta e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei; ao terceiro dia, subirás à Casa do Senhor. Acrescentarei aos teus dias quinze anos e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e defenderei esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo. Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos; tomaram-na e a puseram sobre a úlcera; e ele recuperou a saúde."

O que aprendemos disso?

1. A figueira Israel existe para salvação

Israel é como uma pasta de figos, como remédio para a humanidade, para todas as nações. Mas não é em si mesmo que este povo é salvação e bênção sobre a terra. Israel só pode ser uma ajuda para um mundo enfermo por causa dAquele que vem de Israel e se tornou o sacrifício para o mundo: Jesus Cristo. Este já foi o desígnio de salvação de Deus com Abraão, quando falou ao patriarca de Israel: "...em ti serão benditas todas as famílias da terra." (Gn 12.3b). Jesus é o Salvador do mundo, mas foi o judaísmo que o trouxe ao mundo. Essa é a única razão de ser do povo judeu, do qual o Eterno de Israel fez vir Seu Filho Jesus Cristo para salvação do mundo inteiro!

Os botânicos descrevem a figueira da seguinte maneira:

– "Tem tronco retorcido com casca clara". Em si mesmo, Israel é torto e rebelde, mas resplandece por meio de Jesus Cristo. Tive que pensar em Moisés, que em si mesmo também era "torto". Mas quando retornava do encontro com Deus, "a pele do seu rosto resplandecia" (Êx 34.29).

– "A ramada se estende em todas as direções e tem folhas com cinco pontas". Israel se tornou salvação para todos os povos. O Evangelho foi anunciado primeiramente em Jerusalém, Samaria e Judéia, mas depois, partindo de Israel (figueira), – para todas as direções, para todos os povos. Folhas com cinco pontas: cinco é o número da graça. Uma pasta de figos foi colocada sobre a parte enferma do corpo de Ezequias e ele foi curado. Jesus teve cinco ferimentos que se tornaram a salvação do mundo.

Em Isaías 49.3 está escrito: "...e me disse: Tu és o meu servo, és Israel, por quem hei de ser glorificado" (Is 49.3). Aqui vemos a identificação de Israel com seu Filho maior, Jesus Cristo. A figueira Israel, em conexão com Jesus, o Messias, tornou-se a salvação para o mundo. Por isso está escrito mais adiante: "Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra" (Is 49.6). Aqui a Palavra de Deus não se refere mais a Israel propriamente, mas Àquele que viria de Israel, a Jesus Cristo: "...pouco é o seres o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel..." Pois Israel não poderia restaurar a si mesmo, nem poderia tornar a trazer os remanescentes de si mesmo. E como a figueira Israel em si mesma é torta, resplandecendo somente em seu Messias, assim também é evidente que as palavras seguintes se referem ao Filho maior de Israel: "...também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra". Por isso Jesus disse em João 4.22b: "...a salvação vem dos judeus."

2. Profeticamente parece que já se delineia também a futura salvação de Israel – seu próprio restabelecimento se avizinha

Voltemos novamente para o rei Ezequias, que já estava diante da morte, mas em lágrimas implorou a cura ao Senhor. Deus ouviu sua oração e ordenou a Isaías: "Volta, e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei; ao terceiro dia, subirás à casa do Senhor. Acrescentarei aos teus dias quinze anos e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e defenderei esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo. Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos; tomaram-na e a puseram sobre a úlcera; e ele recuperou a saúde" (2 Rs 20.5-7).

Assim como Ezequias, também Israel ainda terá que enfrentar angústia mortal. Pois no tempo da Grande Tribulação todas as nações da terra se voltarão contra Israel e se reunirão em Armagedom para destruí-lo totalmente. Mas então esse povo, em agonia, como Ezequias outrora, clamará ao Senhor com suas últimas forças: "Deus de Abraão, Isaque e Jacó! Nosso Messias, vem e salva-nos dos nossos inimigos!" Ele ouvirá Seu povo e o salvará – Israel poderá ir ao templo novamente (pois Jesus levantará o templo do Milênio) – Ele derrotará os inimigos de Israel e protegerá a cidade de Jerusalém.

A história de Ezequias se encaixa no contexto das afirmações de Deus sobre o futuro de Israel e da vinda de Jesus. Assim talvez já possamos ver, na pasta de figos, por meio da qual a saúde de Ezequias foi restabelecida, um paralelo da figueira restabelecida em Mateus 24: "Aprendei, pois, a parábola da figueira..." E a declaração: "...no terceiro dia subirás à casa do Senhor", é no mínimo interessante. Pedro disse: "Há, todavia, uma cousa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia" (2 Pe 3.8). Desde a primeira vinda de Jesus a Belém já se passaram quase dois mil anos (dois dias divinos). Não é em vão que após 1948 anos Deus fez de Israel novamente um povo na Terra Prometida, e no ano de 1967 lhe devolveu a cidade de Jerusalém. Será que Israel subirá novamente à casa do Senhor no "terceiro dia"? Não sabemos o momento exato da vinda de Jesus para a Sua Igreja, nem o dia da Sua volta para Seu povo Israel. Mas vemos e presenciamos em nossos dias a restauração da figueira: Israel é conduzido em direção à sua cura. E nosso Senhor prometeu expressamente: "Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Mt 24.34-35).

Terceira representação: a figueira como mestre que ensina sobre os desígnios proféticos da salvação de Deus

Em Lucas 17.5-6 lemos: "Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé. Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá."

É preciso esclarecer que, conforme diversos autores, a árvore aqui chamada de amoreira é, na verdade, o sicômoro, a figueira brava, a mesma árvore em que Zaqueu subiu para ver Jesus (Lucas 19). Um dicionário da Bíblia diz a respeito: "O sicômoro pode atingir até 16 metros de altura e alcança uma circunferência de até 10 metros. A madeira é dura, uniforme e muito durável e, depois do cedro, é a melhor madeira para carpintaria."

O Senhor Jesus apontou para uma árvore tão grande e disse aos seus apóstolos, que eram judeus: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá." Certamente podemos dizer que, no sentido profético, isso se cumpriu exatamente. Foi o que realmente aconteceu com a figueira Israel, que no tempo de Jesus havia se tornado um povo orgulhoso. Os israelitas foram desarraigados da sua pátria judaica e lançados no mar das nações. Este foi um desígnio de salvação de Deus e tornou-se uma bênção para os povos. Por meio da fé dos apóstolos, que eram judeus, descendendo eles mesmos da figueira, o Evangelho foi levado aos gentios.

A Bíblia fala em Atos 13.46-47 sobre essa transferência do Evangelho de Israel para as nações: "Então, Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus; mas, posto que a rejeitais e a vós mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos volvemos para os gentios. Porque o Senhor assim no-lo determinou (Is 49.6): Eu te constituí para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até aos confins da terra." Ao desarraigamento espiritual de Israel seguiu-se, então, também o desarraigamento como nação: no ano 70 d.C. os judeus foram arrancados de sua terra e espalhados por todo o mundo.

Os apóstolos tiveram a fé para transplantar a bênção de Israel para o mar das nações. O Messias deles nos foi trazido como o Cristo. Certa vez o Senhor Jesus apontou para esse fato ao dizer: "Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos" (Mt 21.43).

O que parecia juízo – e, com certas reservas, também o foi – tornou-se uma bênção para os gentios. Paulo fala a respeito em suas palavras aos judeus, e assim explica que, de acordo com Isaías 49.6, isso foi necessário para se tornar salvação e luz para todos os gentios. Enquanto o sicômoro foi transplantado ao mar das nações, nós nos tornamos participantes da "bênção e seiva salvadora" da figueira. A esse respeito Paulo diz em Romanos 11.11: "Porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum; mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios..."

Mas Israel não continuará para sempre com suas raízes arrancadas. A palavra profética da Bíblia promete à figueira seu restabelecimento na terra dos pais – o que acontece desde 1948 e continuará acontecendo –, com o que também a bênção volta para a terra e para o povo de Israel. A figueira novamente lançará raízes e trará frutos. Por isso Paulo continua dizendo: "Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento, em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude!" (v. 12). Esse novo arraigamento da figueira Israel na sua terra para restauração espiritual e nacional também é salientado em Romanos 9.26: "e no lugar em que se lhes disse: Vós sois o meu povo; ali mesmo são chamados filhos do Deus vivo." De que lugar se fala aqui? Da terra de Israel!

Assim, finalmente tudo converge na gloriosa promessa de Miquéias 4.4: "Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante, porque a boca do Senhor dos Exércitos o disse" (compare também Ageu 2.19). O sentar-se debaixo da videira e da figueira é uma maravilhosa imagem de uma vida em paz assegurada. Agora ainda não é assim, mas Israel será levado a isso – no Milênio de Jesus Cristo. Já o reinado de Salomão apontou para o Milênio, onde um dia reinará paz: "Judá e Israel habitavam confiados, cada um debaixo da sua videira, e debaixo da sua figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão" (1 Rs 4.25). Isso se cumprirá de maneira completa quando Jesus Cristo voltar ao Seu povo como o Messias de Israel. Por isso oramos: "Maranata – vem Senhor Jesus!" (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, outubro de 1999.

A MONTAGEM DO PALCO PARA A TRIBULAÇÃO !!!



Creio que seja coerente com nossa perspectiva da profecia desenvolver um cenário composto de personagens e eventos. Esse cenário estará no lugar certo naquele momento em que o curso do plano de Deus para Israel for retomado durante a Tribulação, após o Arrebatamento. Ele contempla os acontecimentos atuais como uma montagem progressiva do palco para os eventos do fim dos tempos, ainda que esses eventos não tenham seu início durante a presente era da Igreja. Tal modelo considera o Arrebatamento como um evento iminente (i.e., que pode acontecer a qualquer momento, sem a necessidade obrigatória de que eventos preliminares ocorram), mas ao mesmo tempo crê que já estejamos no final da era da Igreja. John Walvoord fez a seguinte observação:

No cenário mundial da atualidade há muitos indícios que levam à conclusão de que o fim da era [da Igreja] pode chegar em nossos dias. Essas profecias concernentes ao futuro dia de sofrimento de Israel e de sua restauração final podem estar destinadas a se cumprir na presente geração. Na história do mundo, nunca houve uma confluência de tantas importantes evidências da preparação para o fim.[3]

O Arrebatamento pode acontecer a qualquer momento, sem a necessidade obrigatória de que eventos preliminares ocorram.

A atual era da Igreja por via de regra não é um período no qual a profecia bíblica está se cumprindo. A maioria das profecias diz respeito a um tempo posterior ao Arrebatamento, um cumprimento que se verificará durante o período de sete anos da Tribulação. Contudo, isso não significa que, durante a presente era da Igreja, Deus não esteja preparando o mundo para aquele período futuro – na realidade, é o que Ele faz atualmente. No entanto, a montagem do palco não é o “cumprimento” da profecia bíblica. Assim, ainda que a profecia não esteja se cumprindo em nossos dias, isso não quer dizer que não podemos rastrear as “tendências gerais” na atual preparação para a futura Tribulação, principalmente quando se considera o fato de que a Tribulação se dará imediatamente após o Arrebatamento. A essa abordagem denominamos “montagem do palco”. Assim como muitas pessoas preparam na noite anterior a roupa que usarão no dia seguinte, também Deus agora, em sentido análogo, prepara o mundo para o infalível cumprimento da profecia num tempo futuro.

O Dr. Walvoord explica:

Contudo, se não há sinais para a ocorrência do próprio Arrebatamento, quais são as razões pelas quais crer que o Arrebatamento possa estar particularmente próximo desta geração?

A resposta não se encontra em nenhum dos eventos proféticos preditos para se cumprir antes do Arrebatamento, mas na compreensão dos eventos que acontecerão depois do Arrebatamento. Da mesma forma que a história foi preparada para a Primeira Vinda de Cristo, a história se prepara atualmente para os eventos que culminarão na Segunda Vinda [...] Se for assim, a conclusão inevitável é a de que o Arrebatamento pode estar estimulantemente próximo de ocorrer.[4]

Sinais dos Tempos

A Bíblia apresenta profecias detalhadas sobre o período de sete anos da Tribulação. Para dizer a verdade, os capítulos 4-19 do Apocalipse oferecem um detalhado esboço seqüencial dos principais personagens e eventos daquele período. Se um estudante da Bíblia usar o livro do Apocalipse como estrutura básica, será capaz de harmonizar centenas de outros textos bíblicos referentes à Tribulação de sete anos dentro de um modelo claro que explique o próximo período a ser vivido pelo planeta Terra. Com um molde desses para nos orientar, podemos perceber que Deus já está preparando ou montando o palco do mundo, onde o dramático espetáculo da Tribulação se desenvolverá. Desse modo, aquele período futuro forma sombras de expectativa sobre nossos próprios dias, de modo que os acontecimentos atuais proporcionem perceptíveis sinais dos tempos.

Uma questão a ser lembrada é a de que assim como nos primórdios do cristianismo houve uma transição de instrumento mediador, o qual anteriormente era Israel e passou a ser a Igreja, assim também, ao que parece, haverá uma transição no final da era da Igreja, quando Deus terminar a montagem do palco e der prosseguimento ao Seu plano inacabado em relação a Israel, depois do Arrebatamento. A era [i.e., dispensação] da Igreja nitidamente começou no Dia de Pentecoste. Quarenta anos mais tarde, por ocasião da destruição de Jerusalém em 70 d.C., uma profecia específica relativa ao plano de Deus para Israel se cumpriu historicamente. Esse foi o último cumprimento profético referente à transição de Israel para a Igreja. Durante os últimos cem anos observou-se a ocorrência de fatos que preparam o palco a fim de que os personagens estejam no lugar exato para aquele momento em que, concluída a era da Igreja com o Arrebatamento, Deus retomar o curso de Seu plano para Israel durante a Tribulação.

Uma vez que Israel já é uma nação novamente constituída e, até certo ponto, já tem o controle da Cidade Antiga de Jerusalém, pode-se dizer que esses elementos proféticos já estão no seu lugar e aguardam o desdobramento dos eventos da Tribulação.

Uma vez que Israel já é uma nação novamente constituída e, até certo ponto, já tem o controle da Cidade Antiga de Jerusalém, pode-se dizer que esses elementos proféticos já estão no seu lugar e aguardam o desdobramento dos eventos da Tribulação.

Além do mais, há predições gerais sobre o curso da era da Igreja, tais como a tendência para a apostasia (1 Tm 4.1-16; 2 Tm 3.1-17). Tais predições não têm relação com o momento exato do Arrebatamento, pelo contrário, são tendências gerais que dizem respeito à era da Igreja. O que ainda falta para que um cristão que crê na Bíblia veja o aumento oportuno da apostasia em nossos dias? É importante perceber que quando se fala de uma característica geral como a apostasia, a despeito de quão ruim algo possa ser, sempre pode se tornar um pouco pior ou ir um pouco mais além. Portanto, é precipitado citar características gerais sem que se considerem os indicadores históricos como sinais dos últimos dias. Independentemente do quanto nossa época atual pareça se ajustar a essa tendência, nunca podemos estar absolutamente certos de que não surgirão ainda mais desdobramentos no futuro.

Outras Áreas da “Montagem do Palco” em Nossos Dias

O estudo da profecia bíblica divide-se em três áreas principais: as nações (i.e., os gentios), Israel e a Igreja. As Escrituras apresentam mais detalhes proféticos a respeito dos futuros planos de Deus para Seu povo – Israel. Deus já preparou um maravilhoso e abençoado futuro para os judeus eleitos como indivíduos e para o Israel nacional. Israel é o super-sinal de Deus no fim dos tempos.

Uma pessoa teria de ser totalmente ignorante acerca dos desdobramentos no mundo de hoje para não reconhecer que, através dos esforços da União Européia, o despedaçado Império Romano tem sido ajuntado novamente. Isso está acontecendo, à semelhança de todos os outros desdobramentos obrigatórios da profecia, simplesmente na hora exata de estar no lugar certo para o futuro período da Tribulação. Hal Lindsey comenta:

Há uma geração atrás, ninguém sonharia com a possibilidade de que um império formado pelas nações constituintes da antiga Roma pudesse ser revitalizado [...] Mas hoje em dia, diante do fato de que a Europa começou sua marcha rumo à genuína unidade, vemos o cumprimento em potencial de outra profecia muito importante para a volta de nosso Senhor Jesus Cristo.[5]

Em combinação com os eventos da Tribulação, os capítulos 38 e 39 de Ezequiel demonstram que haverá uma invasão do território de Israel por uma coalizão militar liderada por “Gogue, da terra de Magogue, príncipe de Rôs, de Meseque e Tubal” (Ezequiel 38.2). Chuck Missler chega à seguinte conclusão: “Todos os aliados de Magogue (i.e., da Rússia) são razoavelmente bem identificados e todos eles são muçulmanos”.[6] A Rússia e seus aliados já estão em posição e prontos para um ataque em nossos dias.

Não é surpresa nenhuma constatar que muitas passagens bíblicas destacam o papel a ser desempenhado pela Babilônia no fim dos tempos como inimiga de Deus (Apocalipse 14.8; e os capítulos 17 e 18). “Quais são as placas sinalizadoras específicas que podem servir de indicadores para o mundo quanto ao plano de Deus no fim dos tempos?”, pergunta o Dr. Charles Dyer. “A terceira placa sinalizadora, sem dúvida, é a reconstrução de Babilônia”.[7]

Uma pessoa teria de ser totalmente ignorante acerca dos desdobramentos no mundo de hoje para não reconhecer que, através dos esforços da União Européia, o despedaçado Império Romano tem sido ajuntado novamente.

Conclusão

Há sinais dos tempos que indicam estarmos provavelmente próximos do momento em que a Tribulação terá seu início. Muitos outros sinais poderiam ser considerados. É evidente que hoje em dia vemos os principais personagens do fim dos tempos sendo preparados para seu futuro papel durante a Tribulação, a despeito de tudo o que os críticos digam. Contudo, antes que se abram as cortinas, a Igreja subirá para as nuvens no Arrebatamento. Muito mais do que estar à procura de sinais dos tempos, eu aguardo, dia após dia, o nosso Salvador, que voltará a qualquer momento. E você? Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - http://www.beth-shalom.com.br)

Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center em Lynchburg, VA (EUA). Ele é autor de muitos livros e um dos editores da Bíblia de Estudo Profética.

domingo, 24 de janeiro de 2010

"ARREPENDEI-VOS" !!!






João Batista, às margens do Jordão, pregava a sua mensagem dura, e até
agressiva: “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus”
(Mt.3:1-11). Líderes religiosos, das ordens dos fariseus e saduceus, iam
até ele para ouvi-lo e, quem sabe, provocá-lo para um debate. Não criam
nele (Lc.7:30; Mt.21:23-27), mas uma polêmica acerca de doutrinas ou da
Lei era sempre bem-vinda... Mas o tratamento que João lhes ofereceu
chocava: “Raça de víboras!” Para cada grupo que o procurava, as
instruções de João eram diretas (Lc.3:2-20): “quem tiver
duas túnicas, reparta com o que não tem nenhuma... quem tiver alimentos,
faça o mesmo... a ninguém maltrateis,... a ninguém enganeis...”

Mas João não se limitava a “pregar arrependimento”. Queria resultados
concretos, e a isso ele chamava “frutos dignos do arrependimento”
(Mt.3:8). João queria ver mudanças de conduta e de vida naqueles que se
diziam arrependidos; por isso insistia: “produzi frutos...”

Sobre o batismo em água, João explicava: “Batizo-vos em água para
arrependimento” (Mt.3:11) e para remissão dos pecados. E o povo vinha,
confessando seus pecados (Mc.1:4-5)

Logo mais, por condenar o pecado, João seria preso, mas a pregação do
arrependimento prosseguiu com Jesus. Voltando do deserto, começou Jesus
a pregar: “Arrependei-vos, e crede no Evangelho” (Mt.4:17). Jesus se
manifestou "para tirar os *nossos pecados" (1Jo.3:5), e Ele fez isso
pregando arrependimento: “se não vos arrependerdes, todos perecereis”
(Lc.13:1-5). Tendo “morrido por nossos pecados” (1Co.15:3), e
ressuscitado “para nossa justificação” (Rm.4:25), Jesus designou seus
discípulos para “pregar o arrependimento e a remissão de pecados” em
todas as nações (Lc.24:47). Ou seja, esta bandeira não pode cair; o
arrependimento precisa continuar sendo pregado!

No dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro teve a sua oportunidade, e falou
aos judeus com veemência, acusando-os do pecado de terem rejeitado o
Filho de Deus: “O crucificastes e matastes... mas a esse Jesus a quem
vós crucificastes, Deus O fez Senhor e Messias” (At.2:23,36). Os
ouvintes sentiram o peso de seu pecado e perguntaram “Que faremos,
irmãos?” E Pedro tinha a resposta pronta: “Arrependei-vos! Salvai-vos
desta geração perversa!" (At.2:37-40).

Muitos anos mais tarde o apóstolo Paulo chegou a Atenas e pregava
“coisas estranhas” (At.17:18-20). No Areópago lhe deram a palavra, e
Paulo anunciou o plano da salvação, terminando por dizer que “Deus...
anuncia agora, a todos os homens e em todo o lugar, que se arrependam!”
(At.17:30).

Novamente voltamos ao princípio: O ARREPENDIMENTO. Era o que João
Batista pregava, foi o que Jesus pregou, foi o que Pedro pregou, e foi
também o que Paulo pregou. Estavam todos errados? Ou, se estavam certos,
por que não os imitamos? Por que a Igreja de Cristo, neste
início-de-século, abandonou a pregação do arrependimento?

Porque pregar arrependimento deixa os ouvintes desconfortáveis; porque
significa dizer que Deus não está satisfeito com nossas vidas. É a forma
bíblica de tratar de frente o problema do pecado, e este assunto
desagrada: ninguém gosta de admitir, sequer, que esteja envolvido
“nisso”. Pregar arrependimento desagrada o público, mas deixar de
pregá-lo desagrada a Deus. E para a maioria dos pregadores, tem sido
mais importante agradar o público!

A doutrina cristã ensina que o homem é salvo pela fé, mas ensina também
que o arrependimento antecede a fé, ou prepara o caminho para a fé.
Jesus não disse “crede e arrependei-vos”, mas (_primeiro)_
“arrependei-vos”, e (_depois)_ “crede no Evangelho”.

O homem vive para o seu próprio prazer, e o pecado é o seu hábito. A
prática do pecado traz à luz a natureza má do homem, e o seu estado de
permanente rebelião contra Deus. “Todos estão debaixo do pecado; não há
um justo, nem um sequer; todos se extraviaram... não há quem faça o bem,
não há nenhum só” (Rm.3:9-18). O salário do pecado é a morte (Rm.6:23),
e é bom que todos saibam que Deus é bom pagador! “Minha é a vingança”
(Dt.32:35), diz o Senhor, e “Eu lhes retribuirei” (Jr.25:14). “Tudo o
que o homem semear, isso também ceifará”, escreve o apóstolo (Gl.6:7).

Mas no grande dia da Sua ira, “quem pode subsistir?” (Ap.6:17).
Resposta: o que se humilhou e confessou o seu pecado; o que se rendeu
a Deus e se dispôs a obedecê-Lo; o que creu na Palavra e entrou pela
única porta,jESUS, que Deus oferece aos que desejam salvar-se. E como se faz
isso? Mediante o arrependimento!

O arrependimento bíblico é gerado no coração do pecador (e não em sua
mente!), pelo Espírito Santo de Deus. Quando é pregada a Palavra de
Deus, o Espírito Santo usa a Palavra pregada como um instrumento
cortante em Suas mãos, e convence o homem de que ele é um pecador
(Jo.16:8), pois esta convicção de pecado é uma exigência de Deus
(Os.5:15).Só quem pode convencer um homem de seu pecado é o Espírito
Santo, e sem esta convicção o homem não está interessado em perdão.E
o propósito do Espírito de Deus é gerar vida eterna no coração do
pecador; somente o Espírito gera vida; a mente humana produz
especulações mortas.

Arrependimento bíblico significa:

a) convicção: a certeza íntima de que “eu sou um pecador...
não estou em condições de me apresentar diante de Deus... quando
morrer, estarei perdido para sempre... preciso fazer alguma coisa...”

b) contrição: tristeza e vergonha por ter ofendido a santidade de
Deus com uma conduta má e indigna dEle.

c) confissão, ou seja a admissão pública, por palavras ou por
gestos, de que admito ser pecador, e que assumo e aceito a
responsabilidade pelas conseqüências do meu pecado.

d) confiança na Sua Palavra e em Sua promessa de perdão e
misericórdia.

e) conversão, ou seja, mudança decidida e voluntária dos maus
hábitos, abandono total do pecado, rejeição das práticas sujas e
imorais; - e a adoção de novos caminhos, novo linguajar, “novidade
de vida” em tudo!

Arrependimento bíblico é isto, e foi exatamente isto que Jesus e Seus
apóstolos pregaram. Ora, quem semeia trigo colhe trigo, mas quem semeia
urtiga, só pode colher urtiga. Se nós pregarmos arrependimento, a igreja
se encherá de pessoas realmente regeneradas, purificadas de todos seus
pecados e marchando, decididas, para o céu. Mas se não pregarmos
arrependimento, porém qualquer outra coisa (são tantas as opções...), a
igreja se encherá também... mas de adeptos, de simpatizantes, de
religiosos... só não de pessoas regeneradas. A má semeadura garante a
colheita má!

Faz muitos anos que a igreja abandonou a "pregação antipática" mas
saudável do arrependimento. E para ser “salvo” agora, basta levantar uma
mão e ir até junto do altar e ali escutar uma oração que, em média, dura
menos que dois minutos! Às vezes pede-se que “repita comigo esta
oração”, e então o candidato a cristão repete como papagaio algumas
palavras que saem de seus lábios, mas raramente do coração. Ora, se o
Espírito Santo não convenceu o homem do seu pecado, ele não se
arrependerá; e...

a) se não houver arrependimento genuíno e de coração;

b) se não for quebrado o orgulho do homem natural; se ele não se
humilhar “de coração” perante o Senhor...

c) se não houver abandono decidido de todo pecado e de toda rebelião
contra Deus...

d) se não houver conversão voluntária e irreversível...

... então não há novo nascimento e, portanto, não há salvação! Se
bastasse levantar uma mão para entrar no céu, Satanás seria o primeiro...

E agora? “Examine-se o homem a si mesmo..." ,"provai-vos a vós mesmos”
(1Co.11:28 ; 2Co.13:5). Para ajudá-lo vão aqui algumas perguntas
“antiquadas”: responda-as diante de Deus!

Você tem um claro entendimento da Santidade de Deus e da extrema
gravidade do pecado?

Pecado é, para você, uma coisa asquerosa, absolutamente má, e
detestável? Você repugna e abomina o pecado de todo o seu coração?

Você sente a dor do Espírito se você comete algum pecado?
Confessa-o de imediato e pede perdão, arrependido?

Você vive em comunicação espiritual com Deus (é o que se chama
“comunhão”)? Esta comunhão com Deus é preciosa para você, ou lhe é
indiferente?

Você ama a Deus, à sua família e aos seus irmãos em Cristo com o
mais puro amor de Jesus? Ainda há lugar para ódio, ou rancor, ou
inveja, no seu coração?

Surgiu em seu coração uma paixão ardente pelos que morrem sem
Jesus? Ou você encolhe os ombros diante da desgraça espiritual
alheia?

Quando você ouve dizer que Jesus voltará muito breve, para tomar
para Si os que são Seus, isto lhe dá alegria? Ou você se sente
inseguro e assustado ao pensar no rapto da Igreja?

A leitura da Bíblia lhe é preciosa ou lhe dá tédio?

Ao orar, crê que suas orações serão atendidas?

A salvação lhe traz alegria real, ou você a considera uma coisa
“normal”?

O ensino bíblico da Santificação lhe fascina, ou lhe aborrece? O
fardo de Jesus lhe parece leve ou pesado?


Você deve examinar-se, na presença de Deus. Se você “passou da morte
para a vida” (IJo.3:14) porque todos os seus pecados foram perdoados;
se Jesus foi coroado Rei da sua vida (ITm.6:15); se agora o seu
tesouro está lá no alto e não mais aqui na terra (Mt.6:19-21); e se o
Espírito Santo fez morada no seu coração (Rm.8:9), então você é salvo e
nascido de novo! Dê glórias a Deus, sem cessar, e viva para Aquele que
morreu e ressuscitou por você; disponha-se a trabalhar para Ele, na
medida em que Ele lhe convocar.

Mas se você tem dúvidas, ou se respondeu negativamente àquelas perguntas
aí em cima, então você precisa repensar a sua vida, e com urgência! Há
milhares de “crentes” que vestem uma máscara de religioso, mas que não
tem vida. Jesus veio trazer vida, e vida com abundância (Jo.10:10), mas
muitos “crentes” permanecem na morte. E, neste caso, o que faço?
Arrependa-se!

Se disserem que arrependimento é para o descrente, leia Apocalipse
2:5,16,21-22 ;Ap 3:3,19, e veja como Jesus escreveu _às igrejas_ da Ásia,
mandando que se arrependessem. Há sempre uma nova oportunidade à espera
daquele que ainda não se arrependeu e que não abandonou, ainda, o
pecado: “Eu repreendo... àqueles a quem amo”, disse Jesus (Ap. 3:19).

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A MELHOR NOTÍCIA !!!



Certamente ficaríamos felizes se ouvíssemos que o preço da gasolina baixou...Que a violência acabou...Que foi descoberta a cura para a AIDS e o câncer...Que as drogas não existem mais...Que o desemprego faz parte do passado...Que o salário vai aumentar...Que a felicidade e a paz imperam por todo planeta...Que as fatalidades e tragédias não mais acontecem...Que os problemas acabaram... Realmente seria muito bom que isso fosse verdade !Mas nem tudo o que gostaríamos de ouvir é somente um sonho ! A melhor notícia é ...Não fomos abandonados neste mundo cheio de problemas e pecados ! Jesus voltará e colocara um fim na dor nas lágrimas e no sofrimento ! A paz e a felicidade serão eternas para os que confiam Nele ! Não espere mais, aceite Jesus e garanta o seu futuro !


domingo, 17 de janeiro de 2010

DONS ESPIRITUAIS !!!





Autor: Pr. Marcelo Rodrigues de Aguiar (*)
INTRODUÇÃO:

Você já reparou como as crianças agem a respeito dos presentes de aniversário? Primeiro, elas os ESPERAM. Depois os RECEBEM. Até aí, tudo bem. Mas logo elas passam a EXIBI-LOS, e, finalmente, a BRIGAR por causa deles.Muitos crentes agem com a mesma infantilidade a respeito dos dons espirituais.Quais as razões das muitas disputas e desentendimentos a respeito dos dons? São a IGNORÂNCIA (1Co 12.1) e o EGOÍSMO (1Co 12.17).
ACERCA dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?


O QUE OS DONS ESPIRITUAIS NÃO SÃO:
Não são prova de batismo no Espírito Santo, nem evidência de espiritualidade (1Co 12.7 – “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil”). Essa evidência é o fruto do Espírito (Gl 5.22,23 – “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei”).Não são talentos naturais (Ef 4.8 – “Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, E deu dons aos homens”). Não há um dom espiritual da pintura, ou da música, por exemplo.Não são uma lista finita de nove dons (Rm 12.6-8 – “De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria”; 1Co 7.7 – “Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra”; 12.8-10 – “Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas”; Ef 4.11 – “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”; 1Pe 4.9-11 – “Sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmurações, Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém”).


QUAIS SÃO OS DONS ESPIRITUAIS:
PROFECIA – Falar em nome de Deus (Gn 20.7;Dt 13.1-3). É um dom importante (1Co 14.1-5). Edifica toda a igreja.MINISTÉRIO – Ajudar os outros em tudo o que for necessário (Rm 12.7).ENSINO – Estudar, entender e transmitir as coisas de Deus (Rm 12.7). É um dom para o qual é necessário dedicação.EXORTAÇÃO – Não é colocar o dedo no nariz de ninguém, mas corrigir e encorajar (Rm 12.8).REPARTIR – Renunciar aos próprios bens em favor dos necessitados (Rm 12.8; 1Co 13.3).PRESIDIR – Governar, liderar com zelo. É o dom de assumir a liderança de trabalhos da igreja (Rm 12.8).MISERICÓRDIA – Sentir a dor do próximo e providenciar ajuda (Rm 12.8). Quem tem esse dom empatiza com os sofredores. É preciso alegria para não se deixar consumir.CELIBATO – Permanecer solteiro dedicando-se à causa (1Co 7.7,8; Mt 19.10-12).SABEDORIA – Para defender o evangelho em dificuldades, combatendo divisões ou heresias (1Co 12.8).CIÊNCIA – Inteligência sobrenatural. É o dom dos grandes teólogos. Também chamado de dom de conhecimento (1Co 12.8).– Viver pela confiança em Deus (1Co 12.9).CURA – Instrumento nas mãos de Deus para orar pelos enfermos e vê-los sarados (1Co 12.9).MILAGRES – Tornar o impossível possível (1Co 12.10).DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS – Descobrir a intenção por trás dos fatos e das pessoas (1Co 12.10). Distinguir quando algo é de Deus, do homem ou do diabo.LÍNGUAS – Em Pentecostes, foi a capacidade de falar e ser entendido em qualquer idioma (At 2.8). Na igreja de Corinto, era uma língua ininteligível, usada para louvar ao Senhor (1Co 12.10). É considerado o menor dos dons, por não edificar a igreja (1Co 14.4). Paulo procurou disciplinar o seu uso (1Co 14.26-33).INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS – Tornar o conteúdo da língua ininteligível conhecido (1Co 12.10). Não serve para revelação e sim para louvor, pois quem fala em línguas não fala aos homens e sim a Deus (1Co 14.2).APÓSTOLO – É o missionário pioneiro (1Co 12.28).MESTRE – Formar discípulos (1Co 12.28).EVANGELISTA – Capacidade de evangelizar ou de comandar o evangelismo (Ef 4.11).PASTOR – Cuidar, proteger, dirigir e alimentar o rebanho de Deus, que é a igreja (Ef 4.11).HOSPITALIDADE – Usar sua casa como um hotel de Deus (1Pe 4.9).


CONCLUSÃO:
Os dons espirituais devem abençoar, não dividir. Eles foram dados por Deus para a edificação do corpo de Cristo. Cada crente tem pelo menos um Dom. Nenhum crente tem todos os dons. Por isso precisamos uns dos outros. Devemos descobrir, usar e desenvolver os nossos dons. Devemos empregá-los com humildade, sabedoria, dependência e espiritualidade

(*) Pr Marcelo Rodrigues de Aguiar é pastor Interino da Igreja Batista em Mata da Praia, professor do SETEBES – Seminário Teológico Batista do Estados do Espírito Santo, bacharel em Teologia e Psicologia, Psicólogo clínico e escritor.

sábado, 16 de janeiro de 2010

A MÍDIA CONTRA ISRAEL !!!



A rejeição do mundo a Israel é uma luta contra o Deus verdadeiro, manipulada pelo "pai da mentira" (Jo 8.44). Mas virá o dia em que as nações reconhecerão: "Só contigo [Israel] está Deus, e não há outro que seja Deus" (Is 45.14).


A mídia propaga mentiras.
Alguns comentários publicados pelos meios de comunicação internacional acerca da situação no Oriente Médio fazem lembrar a incitação contra os judeus no jornal nazista "Der Stürmer". Muitos jornalistas responsabilizam unicamente os judeus pelos conflitos na região. A maioria dos correspondentes suprime verdades desagradáveis sobre a liderança palestina, enquanto critica duramente o primeiro-ministro conservador de Israel, Ariel Sharon. Em sua cartilha ideológica, segundo a qual apenas socialistas conseguem estabelecer a paz, não cabem as "tiradas antijudaicas e antiisraelenses carregadas de ódio" do presidente palestino Yasser Arafat, que incentivou publicamente os atentados suicidas. Em contrapartida, não se fala que o acordo de paz com o Egito aconteceu sob o governo direitista do Likud e que o atual primeiro-ministro Sharon mandou desocupar colônias judaicas, apesar de grandes resistências. Lothar Klein, um ex-deputado alemão da União Européia, apelou aos amigos cristãos de Israel para que "desmascarem as ‘mentiras’ propagadas acerca de Israel, através da publicação de ‘notícias objetivas’. Ele sugere que se envie cartas às redações protestando contra o antijudaísmo verbal". (Idea Spektrum)


Por que será que nosso mundo é tão antiisraelense? Em primeiro lugar, porque Israel é o povo do único Deus verdadeiro. Em segundo lugar, porque Israel é a prova de que a Bíblia merece confiança. E, em terceiro lugar, porque Israel tem um futuro messiânico. Mas um mundo que se volta contra Deus será inevitavelmente contra tudo o que lembra a Deus. Na verdade, deveríamos ter compaixão da mídia e dos políticos ofuscados e cegos para a realidade, perguntando-nos se sua atitude de medir com duas medidas já não é parte do juízo de Deus sobre nosso mundo.
É evidente que os próprios palestinos enviam friamente suas crianças para a morte.
Pois é evidente que os próprios palestinos enviam friamente suas crianças para a morte, que treinam terroristas para ataques suicidas e que lançam verbalmente contra Israel todo o seu ódio grotesco. Os países árabes-islâmicos vizinhos continuam não reconhecendo o Estado de Israel. Nos mapas palestinos, Israel não aparece. A Síria se orgulha de ser um país inflexível e obstinado, que há décadas insiste que Israel retorne às fronteiras anteriores a 1967. Arafat continua comprometido com o terrorismo e não sossegará até que Israel não tenha mais nenhum palmo de terra. Hoje qualquer repórter sabe que, na realidade, Arafat nasceu no Cairo e nem é "palestino". Mas, sendo líder dos palestinos, seria desvantajoso admitir que ele não nasceu na "Palestina". Por isso, seu verdadeiro lugar de nascimento foi simplesmente falsificado e substituído por Jerusalém. Mas quem se incomoda com isso? A única coisa que importa para a maioria dos jornalistas internacionais é ser contra Israel.
A organização de direitos humanos "Anistia Internacional" condena o comportamento de Israel em sua luta contra a rebelião palestina, inclusive quando são mortos notórios terroristas. Mas não se ouve manifestações dessa organização quando a polícia palestina, por ordem de Arafat, mata "traidores" apenas por não serem contra Israel. Como é possível levar a sério uma organização de direitos humanos como essa? Os mesmos meios de comunicação que continuamente acusam Israel, nada dizem acerca do fato de Israel ser a única democracia no Oriente Médio. Eles pouco se manifestam sobre os regimes dos países ao redor de Israel, em sua maioria ditatoriais, que oprimem sua própria população.
Mas tudo mudará um dia: Jesus Cristo, o Messias de Israel, voltará – para salvar Seu povo e mostrar que Ele é Deus, que não deixa Suas promessas sem cumprimento! O futuro de Israel será maravilhoso sob Seu reinado. Ele disse através do profeta Isaías: "Agora, me levantarei, diz o Senhor; levantar-me-ei a mim mesmo; agora, serei exaltado. Olha para Sião, a cidade das nossas solenidades; os teus olhos verão a Jerusalém, habitação tranqüila, tenda que não será removida, cujas estacas nunca serão arrancadas, nem rebentada nenhuma das suas cordas. Mas o Senhor ali nos será grandioso, fará as vezes de rios e correntes largas; barco nenhum de remo passará por eles, navio grande por eles não navegará. Porque o Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso Rei; ele nos salvará. Agora, as tuas enxárcias estão frouxas; não podem ter firme o mastro, nem estender a vela. Então, se repartirá a presa de abundantes despojos; até os coxos participarão dela. Nenhum morador de Jerusalém dirá: Estou doente; porque ao povo que habita nela, perdoar-se-lhe-á a sua iniqüidade" (Is 33.10,20-24). (Norbert Lieth - http://www.beth-shalom.com.br/)

"E VI UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA" (Ap 21:1)



Muitos têm alertado a respeito do alto custo do aquecimento global para a humanidade. Os jornais e os noticiários de TV estão cheios de previsões tenebrosas sobre o colapso da economia mundial: milhões morrerão ou serão desalojados em virtude de secas, fomes e inundações, enquanto Londres, Nova York e Tóquio, juntamente com outras cidades litorâneas, afundarão nos mares cujo nível subirá. Um relatório também predisse que todos os frutos do mar estarão extintos em cinqüenta anos.
A respeito desse panorama há diversas possibilidades. As principais são:


1. O aquecimento global é real e causado pela atividade humana (queima de combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás, queima das florestas tropicais, etc.). Por isso, os governos devem tomar medidas urgentes para salvar o mundo da catástrofe.


2. O aquecimento global é real mas não se tem certeza sobre as causas. Pode tratar-se de atividade solar e parte de um ciclo de aquecimento e esfriamento das temperaturas na Terra. Nesse caso, não há nada que os governos possam fazer a respeito.


3. O aquecimento global é um engano usado por aqueles que querem implantar um governo mundial. Eles estão tentando amedrontar as pessoas para que se submetam aos seus planos.
Vamos analisar essas questões:


1. O aquecimento global é real e causado pela atividade humana.
De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (PIMC), apoiado pe la ONU , as temperaturas globais poderão aumentar entre 1,4° C e 5,8° C entre 1990 e 2100. O aumento das temperaturas, por sua vez, poderá provocar outras mudanças, inclusive o aumento do nível dos oceanos, a quantidade e o padrão das chuvas. É possível que essas alterações aumentem a freqüência e intensidade de eventos meteorológicos extremos como inundações, secas, ondas de calor, furacões e tornados. Outras conseqüências incluem reduções na produção agrícola, diminuição das geleiras, redução das correntes de verão, extinção de um grande número de espécies e o aumento de organismos transmissores de doenças.
Em seu congresso de 2003, a Sociedade Meteorológica Americana adotou uma declaração que dizia:
"As atividades humanas tornaram-se uma fonte destacada de mudanças ambientais. Muito urgente é [considerar] as conseqüências da abundância crescente de gases de estufa na atmosfera... Como os gases de estufa continuam aumentando, estamos, na realidade, realizando uma experiência climática global, que não foi planejada nem é controlada, cujos resultados poderão apresentar desafios sem precedentes ao que conhecemos e prevemos. Eles também poderão ter impacto significativo sobre nossos sistemas naturais e sociais. Trata-se de um problema de longo prazo que requer uma perspectiva de longo prazo. Importantes decisões aguardam os atuais e futuros líderes nacionais e mundiais".
Manifestações para salvar o planeta têm sido realizadas ao redor do mundo. Em Londres, um evento organizado pela “Stop Climate Chaos” exigiu que o governo aja contra a ameaça do aquecimento global. O primeiro-ministro inglês Tony Blair declarou que se trata “do mais importante relatório sobre o futuro publicado pelo meu governo”. Angela Merkel, a chanceler da Alemanha, disse-lhe que enfrentar a questão das mudanças climáticas será uma prioridade para a presidência alemã do G8 (grupo das nações industrializadas) em 2007. A secretária do Exterior do Reino Unido, Margaret Beckett, disse num encontro em Nova Delhi que o subcontinente indiano poderá enfrentar uma combinação de secas e elevações do nível do mar – que devastarão as colheitas de cereais e forçarão milhões a fugir dos seus lares – como resultado da elevação das temperaturas globais.
Atualmente, o sol se encontra no ponto mais alto de atividade em 300 anos. Esse ciclo poderá ser seguido por um esfriamento e uma mini era do gelo.


2. ‑O aquecimento global é real mas pode ser causado pelo sol.
Uma minoria de cientistas está afirmando que as mudanças climáticas, tais como o aquecimento global, são causados por alterações no sol e não devido à liberação de gases de estufa na Terra. O sol fornece toda a energia que movimenta nosso clima, mas ele não é a estrela constante que pode parecer. Estudos cuidadosos durante os últimos vinte anos mostram que seu brilho geral e a energia desprendida aumentam levemente à medida que sobe a atividade das manchas solares até seu ponto mais alto em um ciclo de onze anos. Atualmente, o sol se encontra no ponto mais alto de atividade em 300 anos. Esse ciclo poderá ser seguido por um esfriamento e uma mini era do gelo.


3. O aquecimento global é um engano.
Há aqueles que são ainda mais céticos nessa questão. Christopher Monckton escreveu um artigo intitulado “Caos climático? Não acredite” no jornal britânico The Sunday Telegraph em que começou sugerindo que “o pânico provocado em torno das mudanças climáticas é menos relacionado com a intenção de salvar o planeta do que com a ‘criação de um governo mundial’, conforme a preocupante afirmação de Jacques Chirac”.
Ele apresenta evidências, mostrando como a ONU falsificou informações acerca do problema através da sua agência, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (PIMC). Monckton cita David Deming, um geocientista da Universidade de Oklahoma (EUA), que escreveu um artigo avaliando as temperaturas na América do Norte através de dados de perfurações. Isso lhe deu credibilidade com o PIMC, que lhe pediu que participasse de suas pesquisas. Deming afirma: “Eles pensaram que eu era um deles, alguém que iria perverter a ciência a serviço de causas sociais ou políticas. Um deles abaixou a guarda: um destacado pesquisador na área do aquecimento global enviou-me um surpreendente e-mail, que dizia: ‘temos que nos livrar do período de calor da Idade Média”’.
O período de calor da Idade Média é um fato bem documentado da história, mostrando que na época as temperaturas eram em torno de 3°C mais elevadas do que atualmente. De acordo com o artigo de Monckton:
“...não havia geleiras nos Andes; hoje elas existem. Havia fazendas dos vikings na Groenlândia; hoje elas estão cobertas de gelo permanente.”
Então não havia geleiras nos Andes ; hoje elas existem. Havia fazendas dos vikings na Groenlândia; hoje elas estão cobertas de gelo permanente. Havia pouco gelo no Polo Norte, uma esquadra chinesa circunavegou o Ártico em 1421 e não o encontrou. Dados de 6.000 perfurações em todo o mundo indicam que as temperaturas globais eram mais elevadas na Idade Média do que agora.
Após esse período, as temperaturas caíram bem abaixo dos níveis atuais. Nos séculos XVII e XVIII ocorreu a “Pequena Era do Gelo”, quando o Tâmisa, junto à ponte de Londres, congelou de maneira tão sólida que uma Feira de Inverno foi realizada em 1607 com um conjunto de tendas sobre o próprio rio, oferecendo uma série de diversões, inclusive boliche sobre o gelo.
O relatório original do PIMC, publicado em 1996, apresentava um gráfico dos últimos mil anos, mostrando corretamente que as temperaturas na Idade Média tinham sidos mais altas que as atuais. Mas o relatório de 2001 continha um novo gráfico sem qualquer indicação de um período de calor medieval, indicando temperaturas uniformes até o começo da Era Industrial. Esse gráfico mostrava incorretamente que o século XX foi o mais quente dos últimos mil anos. Essa informação mostra que a história está sendo deliberadamente falsificada por uma agência da ONU.
Aquecimento global e governo mundial
Jacques Chirac relacionou a preocupação ambiental com um plano de governo mundial. Chirac escreveu um artigo para a revista New Scientist (19/5/05) sobre a necessidade de cuidar do meio ambiente, dizendo: “esse esforço deveria concentrar-se em estabelecer a governança ambiental global, algo que a França defende incansavelmente”.
Também é possível que haja um elemento de verdade em todas as três possibilidades. O aquecimento global pode ser causado parcialmente pela atividade humana e em parte pelo sol. Com certeza, ele está sendo usado para promover a idéia de que a governança mundial apoiada pe la ONU é a solução do problema. Quer seja real ou não, trata-se de uma questão ideal para unir as nações. É possível argumentar que nenhuma nação por si mesma pode resolver o problema e que, se ele não for solucionado, todos morreremos. É necessário que as nações trabalhem juntas para evitar isso. A ameaça também pode ser usada para dar aos governos desculpas para impor impostos mais elevados e exercer maior controle sobre a população...
Em seu artigo, Christopher Monckton referiu-se a uma afirmação do presidente francês, Jacques Chirac, que relacionou a preocupação ambiental com um plano de governo mundial. Chirac escreveu um artigo para a revista New Scientist (19/5/05) sobre a necessidade de cuidar do meio ambiente, dizendo: “esse esforço deveria concentrar-se em estabelecer a governança ambiental global, algo que a França defende incansavelmente, em particular com sua proposta de criar uma organização ambiental da ONU, que será discutida pelos líderes mundiais na cúpula da ONU em Nova York em setembro”. Em um discurso anterior no Encontro da ONU sobre Mudanças Climáticas em Haia (20/11/2000), ele afirmou: “Pela primeira vez, a humanidade está instituindo um que a França e a União Européia gostariam de ver criada”. (ênfase do autor).
É interessante que existe agora um consenso de opiniões sobre essa questão, favorecendo a agenda verde, nos três principais partidos do Reino Unido. Esse consenso é compartilhado pelos poderes que dominam a União Européia. Com os Democratas em ascensão nos EUA, é provável que as questões ambientais serão mais importantes que a “Guerra ao Terror”. Se a Rússia, a China, o Japão e a Índia puderem ser persuadidos a participar, a pressão para impor algum tipo de solução global para o problema poderá ser irresistível para o resto do mundo.


O meio ambiente – uma questão espiritual.
É verdade que a Terra é um todo interdependente, que foi criado por Deus como “muito bom” (veja Gênesis 1.31). Tudo que é necessário para a vida é mantido em delicado equilíbrio no único planeta em que podemos viver.
Também é interessante que existe uma idéia semi-religiosa relacionada a tudo isso – a controvertida Teoria Gaia, denominada assim por causa da deusa da Terra dos antigos gregos. Essa teoria foi desenvolvida pelo cientista britânico James Lovelock durante a década de 1960, enquanto ele trabalhava no Projeto Viking, analisando a possibilidade de vida em Marte. Enquanto analisava o que sustinha a vida na Terra e observava a atmosfera terrestre, com seu delicado equilíbrio de oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, metano e resquícios de outros elementos, ele teve a idéia de que a Terra era um todo vivo e interdependente, capaz de controlar a si mesmo e de eliminar ameaças, da mesma maneira que um corpo lida com doenças e traumas.
De acordo com essa idéia, a Terra é um sistema vivo imenso e eternamente interativo – um planeta vivo, flutuando no espaço, e cada parte do seu grandioso mecanismo afeta todos os outros, tanto para o bem como para o mal. A Terra teria certos órgãos especialmente importantes, como as florestas tropicais e os pântanos, que seriam mais importantes para o meio ambiente do que outras partes do sistema. Usando a comparação com o corpo humano, seria possível perder uma parte menor, como um dedo, e sobreviver, mas se você perder uma parte essencial, como os pulmões, você está morto. Desse modo, a Terra poderia sobreviver apesar de perder algumas espécies animais em virtude do descuido humano com o meio ambiente, mas se um órgão vital estiver ameaçado ela teria de reagir contra a interferência humana ou morrer.
Em certos grupos do movimento ambientalista está sendo difundida a idéia de que as catástrofes que atingem a Terra são o resultado de Gaia alertando a humanidade, para que esta pare de destruir o único planeta em que podemos viver. Em outras palavras, Gaia poderá agir para trazer uma espécie de juízo sobre a humanidade por descuidar do planeta. De acordo com essa visão, as catástrofes são a maneira da Terra combater a degradação do planeta por parte da humanidade. Isso conduz à visão da Nova Era de que devemos retornar à unidade com o planeta e com os outros seres humanos para salvar o planeta.
As catástrofes afetando a Terra irão aumentar nos dias finais desta era. Jesus disse a respeito dos tempos anteriores à Sua Segunda Vinda: “haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais do céu...”
A Bíblia ensina um conceito diferente: que o Deus Todo-Poderoso, que criou a Terra e deu à humanidade a tarefa de cuidar dela, está falando através desses eventos, que Ele até predisse há séculos por meio dos profetas e do Senhor Jesus. É verdade que a Terra é um todo interdependente, que foi criado por Deus como “muito bom” (veja Gênesis 1.31). Tudo que é necessário para a vida é mantido em delicado equilíbrio no único planeta em que podemos viver. A distância da Terra até o Sol, a atmosfera, o ciclo das águas, a camada de solo para plantio, tudo está exatamente certo para sustentar a vida. A idéia evolucionária de que tudo se originou através de um acidente cósmico é tão provável como a possibilidade de que o computador em que estou escrevendo este artigo é o resultado de átomos que se juntaram ao acaso. Um projeto exige a existência de um projetista e a criação exige um Criador. Há abundantes evidências, para aqueles que querem entender, de que Deus, como Criador, e não a evolução pelo acaso, tem a resposta para a pergunta donde viemos.
Conforme o relato do Gênesis, a humanidade teria “domínio” sobre a Terra, não no sentido de saqueá-la, mas de cuidar dela e das suas criaturas (Gênesis 1.26-28, Salmo 8), em harmonia com Deus, nosso Criador. Porém, a desobediência humana a Deus causou a degradação da Terra, inicialmente com a queda (Gênesis 3) e depois com o dilúvio (Gênesis 6-8), estragando a criação original “muita boa”.
Quando vamos para o outro extremo da escala de tempo bíblica e analisamos os eventos do fim dos tempos, fica claro que as catástrofes afetando a Terra irão aumentar nos dias finais desta era. Jesus disse a respeito dos tempos anteriores à Sua Segunda Vinda: “haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais do céu... Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados” (Lucas 21.11,25-26).
Qualquer que seja a verdade sobre o aquecimento global, trata-se de uma questão que tem o potencial de levar o mundo em direção ao governo mundial profetizado em Apocalipse 13. Aquele que apresentar uma solução para esse problema certamente será saudado como salvador que oferecerá “paz e segurança” e será adorado pelo mundo como o novo messias.
Tempestades tropicais que provocam ondas gigantescas e devastam regiões costeiras estão aumentando em ferocidade, algo que muitos cientistas estão relacionando com as mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global. Em Isaías 24 há uma passagem apocalíptica que trata da destruição causada por eventos impressionantes nos últimos dias desta era, quando cidades serão devastadas e seus habitantes espalhados: “Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, violam os estatutos e quebram a aliança eterna” (Isaías 24.5).
É interessante que Isaías 24.16 também se refere aos “pérfidos” que “tratam mui perfidamente”. Isso estabelece uma relação entre a questão ambiental e os que a utilizam para objetivos pérfidos (isto é, o governo mundial do Anticristo).
As profecias da Bíblia advertem que no futuro haverá um tempo de dificuldades, com intenso calor, vegetação queimada e águas contaminadas, como também violentas tempestades e desastres naturais, trazendo fomes, epidemias e morte: “O primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra. Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das árvores, e também toda erva verde. O segundo anjo tocou a trombeta, e uma como que grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar, cuja terça parte se tornou em sangue, e morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruída a terça parte das embarcações. O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela, ardendo como tocha. O nome da estrela é Absinto; e a terça parte das águas se tornou em absinto, e muitos dos homens morreram por causa dessas águas, porque se tornaram amargosas” (Apocalipse 8.7-11).
Longe de solucionar o problema, o governo mundial anticristão dos tempos finais conduzirá o mundo às margens da destruição. Somente o retorno do Senhor Jesus Cristo salvará a Terra.
O Apocalipse fala de um tempo em que “o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com fogo...” (Apocalipse 16.8). Depois, “Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram...” (Apocalipse 16.12) e “sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra; tal foi o terremoto, forte e grande” (Apocalipse 16.18).
Qualquer que seja a verdade sobre o aquecimento global, trata-se de uma questão que tem o potencial de levar o mundo em direção ao governo mundial profetizado em Apocalipse 13. Aquele que apresentar uma solução para esse problema certamente será saudado como salvador que oferecerá “paz e segurança” e será adorado pelo mundo como o novo messias.
Longe de solucionar o problema, o governo mundial anticristão dos tempos finais conduzirá o mundo às margens da destruição. Somente o retorno do Senhor Jesus Cristo salvará a Terra. Após Sua volta, ela será miraculosamente restaurada e voltará a ser um lugar fértil e belo, capaz de suprir as necessidades dos povos durante o reino milenar de Jesus, quando “...a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Isaías 11.9). (Tony Pearce, Light for The Last Days - http://www.chamada.com.br/)Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, março de 2007