domingo, 25 de julho de 2010

"TEORIAS ESTRANHAS" !!!


A astuciosa negação do direito dos judeus à terra de Israel>
No artigo "Quem deslocou o Templo?" falei sobre algumas tentativas islâmicas que procuram provar que jamais houve um templo judeu no monte do Templo. Isso acontece para negar a Israel qualquer direito de reivindicar o local.
Há alguns anos folheei um livro que negava não apenas o direito de Israel ao monte do Templo mas a toda a terra de Israel (e, naturalmente, a Jerusalém). Na época não percebi o alcance dessa argumentação, pois a considerei absurda. Por isso não comprei o livro. Hoje, porém, ele poderia me servir para documentar a deturpação de fatos históricos. Entretanto, o conteúdo ainda está bem nítido em minha mente. Em primeiro lugar o livro tratava da saída do povo de Israel do Egito e do seu caminho pelo deserto. Achei positivo que o autor parecia crer no relato bíblico; o que não é comum hoje em dia. Em geral tenta-se modificar o sentido dos relatos bíblicos através de explicações "lógicas". Realmente, é difícil entender certas partes do Êxodo. Algumas dessas questões em aberto são a rota dos israelitas, o local exato da travessia do Mar Vermelho e a localização do monte Sinai. Principalmente a identificação desse monte permite diferentes interpretações. O autor do livro mencionado, por exemplo, diz que o monte Sinai não deve ser procurado na península do Sinai, mas na atual Arábia Saudita. Nesse caso, a rota da saída do Egito, logicamente, iria até ao extremo sul da península do Sinai. Ali, no estreito de Tiran, os israelitas teriam atravessado o Mar Vermelho. Até esse ponto os dados seriam aceitáveis. Mas absurda era a afirmação de que a Terra Prometida também se encontrava na Arábia Saudita. Na época rejeitei o livro por essa razão, considerando essa argumentação um disparate. Porém, essas alegações mostram que os inimigos de Israel usam de todos os meios para questionar o direito de Israel à sua terra.
Segundo essa teoria, Israel teria vivido nessa parte da Arábia Saudita até que as dez tribos foram levadas para o cativeiro assírio (e Judá, posteriormente, para o cativeiro babilônico). Para dar uma base "científica" a essa afirmação, o livro se referia a supostas descobertas arqueológicas. A existência de todos os lugares mencionados na Bíblia teria sido comprovada por escavações arqueológicas na Arábia Saudita. Mais tarde, quando os judeus retornaram do cativeiro, eles teriam encontrado a terra ocupada por outros povos. Por isso, seu retorno para lá teria sido impossível. Em dificuldades, os judeus teriam procurado uma alternativa, decidindo ir para a terra de Canaã. Assim, porém, a povoação de Canaã pelos judeus seria muito mais recente do que se supunha, e a reivindicação da terra por Israel estaria enfraquecida. Acompanhando algumas das atuais alegações dos árabes, percebi que justamente esse deve ter sido o alvo do livro. É relativamente fácil criar teorias inverídicas, pois a averiguação científica na Arábia Saudita não é possível, porque ali os estrangeiros não podem locomover-se livremente.
Não é preciso mencionar o quanto essa teoria é absurda. Mas torna-se claro que todos os meios são utilizados para negar a Israel o direito à existência. Esse parece ser o alvo de tais publicações. Talvez os leitores digam: "Tudo isso é absurdo. É perda de tempo ocupar-se com essas coisas". Mas, assim deixamos de levar a sério o fato dessas teorias pseudocientíficas questionarem continuamente a credibilidade da Bíblia. Esse é o objetivo final dessas alegações. A aceitação de críticas à Bíblia no meio cristão tem fornecido ainda mais alento a essas teorias insustentáveis. O mesmo acontece na arqueologia moderna: ela não procura mais, como no passado, entender os relatos bíblicos, mas busca provar que eles são apenas lendas e mitos.
Graças a Deus, porém, porque ainda existem teólogos e arqueólogos tementes a Deus, que constantemente fornecem provas de que a Bíblia é verdadeira e continua sendo o livro histórico mais confiável, desmascarando ataques pseudocientíficos à sua credibilidade. (Fredi Winkler - http://www.Beth-Shalom.com.br)

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, março de 2002.