Quando as Nações Unidas realizaram a votação histórica que sancionou o ressurgimento do Estado de Israel, em 29 de novembro de 1947, milhões de judeus e cristãos sinceros o viram como um genuíno milagre divino. Uma nação que parecia extinta há séculos voltava a existir. Era um novo começo que surpreendia o mundo.
O povo Judeu é o Povo do Livro, Israel é sua Terra Prometida e Jerusalém é a Cidade do Rei. E, um dia, disseram os profetas, haveria uma grande reunião dos exilados judeus espalhados por todo o mundo. Israel retornaria à sua terra – e assim aconteceu.
Na verdade, porém, não se tratava de nenhum recomeço, mas da realização de um sonho que os judeus do mundo inteiro acalentavam desde sua dispersão, após a destruição de Jerusalém pelos romanos, no ano 70 de nossa era. A cada novo ano, quando os judeus realizavam a ceia da páscoa nas mesas espalhadas pelas nações gentias, as vozes se elevavam para entoar as palavras sagradas: No próximo ano em Jerusalém! O sonho não era uma fantasia vã, mas uma esperança firmemente arraigada nas Escrituras.
Os pára-quedistas judeus, ao avistarem, com os olhos cheios de lágrimas, o Muro Ocidental (das Lamentações), na Cidade Velha de Jerusalém, em 7 de junho de 1967, entenderam o significado profundo dessa volta ao lar. O general israelense Moshe Dayan expressou em palavras aquela profunda emoção. Em pé diante do muro, ele disse: “Voltamos para o nosso lugar mais sagrado, para nunca mais partir... Estendemos as mãos para nossos irmãos árabes, no desejo sincero de viver em paz, porém voltamos para Jerusalém e nunca mais sairemos dela.”
Quando o rabino Shlomo Goren, capelão-chefe do exército, tocou a trombeta de chifre de carneiro que tinha trazido consigo até o muro, aquele gesto teve dois significados monumentais: (1) Jerusalém voltara a ser unificada. Depois de quase 2000 anos, ela estava novamente com seu povo. (2) A trombeta, como nos tempos antigos, conclamava os judeus de todo o mundo a voltarem para casa.
Todos esses acontecimentos foram verdadeiros milagres.
A estrada longa e deserta :
Dizer apenas que os judeus “sonhavam” com seu retorno não reflete nem de longe a intensidade desse anseio. Há milênios, os filhos e filhas de Abraão têm sido um povo marcado para o extermínio. Eles sofreram nas mãos dos cruzados, inquisidores, perseguidores e defensores das expulsões dos países em que viviam. Eles foram forçados a usar símbolos degradantes que os identificavam como judeus, e passaram pela aflição de serem metidos em guetos abarrotados, onde até mesmo os direitos mais simples lhes eram negados.
Vivendo em ambientes gentios tão hostis, a assimilação teria sido a escolha mais razoável. Mesmo sem um país, uma capital, um templo ou qualquer perspectiva concreta de um futuro nacional, eles resistiram. O sonho continuou vivo – um sonho baseado na esperança de dias melhores para esse povo sitiado.
Então, no século XIX, o impossível começou a acontecer. Embora houvesse judeus em Jerusalém desde a Dispersão, algo quase imperceptível passou a ocorrer. Pequenos grupos de pioneiros judeus começaram a se dirigir para o Oriente Médio. Filantropos, como o barão Edmond James de Rothschild, começaram a comprar terras pantanosas infestadas de malária, que os turcos otomanos consideravam sem valor algum.
Após o infame julgamento do caso Dreyfus em Paris, em 1894 (Alfred Dreyfus, um oficial do exército francês, de origem judaica, foi falsamente acusado, condenado e enviado para a Ilha do Diabo), o movimento começou a tomar forma e corpo. Theodor Herzl, um jornalista judeu assimilado, percebeu os maus presságios para os judeus da Europa. O tapete de boas-vindas estava sendo retirado e tempos difíceis se aproximavam.
Assim, Herzl patrocinou o Primeiro Congresso Sionista, em Basiléia, na Suíça, em 1897. A respeito desse primeiro encontro, Herzl declarou: “Em Basiléia eu fundei o Estado judeu”. O sionismo político declarou seu propósito de estabelecer um Estado judeu na Palestina, inteiramente sancionado pelas leis internacionais.
Embora alguns compartilhassem a paixão de Herzl em voltar para o Oriente Médio, a maioria, como os judeus da antiga Babilônia, preferiu ficar onde estava, declarando-se muito feliz com seu estilo de vida e seu status de judeus europeus. Então veio Adolf Hitler com suas hordas de camisas marrons marchando a passo de ganso. Seis milhões de judeus pagaram o mais alto preço por seu pueril erro de cálculo. Entre as vítimas estava a filha de Herzl, Trude Margarethe, que morreu em 1943 no campo de concentração nazista de Theresienstadt.
Enquanto os judeus europeus do pós-guerra juntavam o que restara de suas vidas estraçalhadas para enfrentar o futuro sem seus entes queridos e amigos, eles começaram a olhar para sua terra ancestral – Israel.
Às 4,30 horas da tarde de 14 de maio de 1948, David Ben-Gurion – que viria a ser o primeiro premiê de Israel – levantou-se no saguão do Museu de Tel-Aviv e declarou: “O Estado de Israel acaba de nascer”. O tão sonhado milagre tornara-se uma realidade nacional.
Uma questão de sobrevivência:
Mais de meio século se passou desde aqueles dias esfuziantes, cheios de sonhos, esperanças e lutas para a construção da nação. Imigrantes judeus vindos de mais de uma centena de países encheram aquela terra com mais gente do que na época de Jesus.
Mas, ao longo desses sessenta e tantos anos, um mundo completamente diferente passou a se desenvolver em torno do pequeno Israel. Os grandes impérios coloniais que constituíram os mandatos para a criação da pátria judaica já não existem mais. A independência das nações árabes fez surgir regimes tirânicos, governados por homens que, assim como Hitler, têm uma obsessão insana de ver o Estado judeu e seu povo completamente eliminados da face da terra. Até mesmo no “civilizado” Ocidente, essas pessoas estão alimentando uma apavorante exibição internacional de ódio, caos e radicalismo.
Quem são esses indivíduos beligerantes? O que os motiva e por que agem de forma tão brutal em sua determinação de atingir pessoas inocentes? A falta de respostas tem deixado muita gente frustrada, desinformada e extremamente confusa.
Por essa razão, tentamos esclarecer as questões relacionadas ao Oriente Médio. Em nossas publicações, buscamos responder algumas dessas perguntas desconcertantes. Esperamos que os leitores tenham uma nova percepção do milagre extraordinário representado pela existência de Israel – milagre que muitos parecem ter esquecido.
Existe realmente um plano por trás de tudo o que aconteceu, está acontecendo e irá acontecer no futuro. Deus, que é soberano, está nos conduzindo a uma inevitável consumação.
Enquanto esquadrinhava os eventos que assolam o mundo de hoje, um amigo meu comentou: “Gostaria que tudo isso já tivesse acabado. Quem dera o Senhor voltasse hoje!” Bem, somos compelidos a acreditar que tudo isso chegará ao fim, talvez muito mais cedo do que imaginamos. O certo é que o último capítulo já foi escrito e nós, juntamente com o remanescente de Israel, estamos do lado vencedor. É o que está escrito na Bíblia. (Elwood McQuaid - Israel My Glory - http://www.beth-shalom.com.br)
O povo Judeu é o Povo do Livro, Israel é sua Terra Prometida e Jerusalém é a Cidade do Rei. E, um dia, disseram os profetas, haveria uma grande reunião dos exilados judeus espalhados por todo o mundo. Israel retornaria à sua terra – e assim aconteceu.
Na verdade, porém, não se tratava de nenhum recomeço, mas da realização de um sonho que os judeus do mundo inteiro acalentavam desde sua dispersão, após a destruição de Jerusalém pelos romanos, no ano 70 de nossa era. A cada novo ano, quando os judeus realizavam a ceia da páscoa nas mesas espalhadas pelas nações gentias, as vozes se elevavam para entoar as palavras sagradas: No próximo ano em Jerusalém! O sonho não era uma fantasia vã, mas uma esperança firmemente arraigada nas Escrituras.
Os pára-quedistas judeus, ao avistarem, com os olhos cheios de lágrimas, o Muro Ocidental (das Lamentações), na Cidade Velha de Jerusalém, em 7 de junho de 1967, entenderam o significado profundo dessa volta ao lar. O general israelense Moshe Dayan expressou em palavras aquela profunda emoção. Em pé diante do muro, ele disse: “Voltamos para o nosso lugar mais sagrado, para nunca mais partir... Estendemos as mãos para nossos irmãos árabes, no desejo sincero de viver em paz, porém voltamos para Jerusalém e nunca mais sairemos dela.”
Quando o rabino Shlomo Goren, capelão-chefe do exército, tocou a trombeta de chifre de carneiro que tinha trazido consigo até o muro, aquele gesto teve dois significados monumentais: (1) Jerusalém voltara a ser unificada. Depois de quase 2000 anos, ela estava novamente com seu povo. (2) A trombeta, como nos tempos antigos, conclamava os judeus de todo o mundo a voltarem para casa.
Todos esses acontecimentos foram verdadeiros milagres.
A estrada longa e deserta :
Dizer apenas que os judeus “sonhavam” com seu retorno não reflete nem de longe a intensidade desse anseio. Há milênios, os filhos e filhas de Abraão têm sido um povo marcado para o extermínio. Eles sofreram nas mãos dos cruzados, inquisidores, perseguidores e defensores das expulsões dos países em que viviam. Eles foram forçados a usar símbolos degradantes que os identificavam como judeus, e passaram pela aflição de serem metidos em guetos abarrotados, onde até mesmo os direitos mais simples lhes eram negados.
Vivendo em ambientes gentios tão hostis, a assimilação teria sido a escolha mais razoável. Mesmo sem um país, uma capital, um templo ou qualquer perspectiva concreta de um futuro nacional, eles resistiram. O sonho continuou vivo – um sonho baseado na esperança de dias melhores para esse povo sitiado.
Então, no século XIX, o impossível começou a acontecer. Embora houvesse judeus em Jerusalém desde a Dispersão, algo quase imperceptível passou a ocorrer. Pequenos grupos de pioneiros judeus começaram a se dirigir para o Oriente Médio. Filantropos, como o barão Edmond James de Rothschild, começaram a comprar terras pantanosas infestadas de malária, que os turcos otomanos consideravam sem valor algum.
Após o infame julgamento do caso Dreyfus em Paris, em 1894 (Alfred Dreyfus, um oficial do exército francês, de origem judaica, foi falsamente acusado, condenado e enviado para a Ilha do Diabo), o movimento começou a tomar forma e corpo. Theodor Herzl, um jornalista judeu assimilado, percebeu os maus presságios para os judeus da Europa. O tapete de boas-vindas estava sendo retirado e tempos difíceis se aproximavam.
Assim, Herzl patrocinou o Primeiro Congresso Sionista, em Basiléia, na Suíça, em 1897. A respeito desse primeiro encontro, Herzl declarou: “Em Basiléia eu fundei o Estado judeu”. O sionismo político declarou seu propósito de estabelecer um Estado judeu na Palestina, inteiramente sancionado pelas leis internacionais.
Embora alguns compartilhassem a paixão de Herzl em voltar para o Oriente Médio, a maioria, como os judeus da antiga Babilônia, preferiu ficar onde estava, declarando-se muito feliz com seu estilo de vida e seu status de judeus europeus. Então veio Adolf Hitler com suas hordas de camisas marrons marchando a passo de ganso. Seis milhões de judeus pagaram o mais alto preço por seu pueril erro de cálculo. Entre as vítimas estava a filha de Herzl, Trude Margarethe, que morreu em 1943 no campo de concentração nazista de Theresienstadt.
Enquanto os judeus europeus do pós-guerra juntavam o que restara de suas vidas estraçalhadas para enfrentar o futuro sem seus entes queridos e amigos, eles começaram a olhar para sua terra ancestral – Israel.
Às 4,30 horas da tarde de 14 de maio de 1948, David Ben-Gurion – que viria a ser o primeiro premiê de Israel – levantou-se no saguão do Museu de Tel-Aviv e declarou: “O Estado de Israel acaba de nascer”. O tão sonhado milagre tornara-se uma realidade nacional.
Uma questão de sobrevivência:
Mais de meio século se passou desde aqueles dias esfuziantes, cheios de sonhos, esperanças e lutas para a construção da nação. Imigrantes judeus vindos de mais de uma centena de países encheram aquela terra com mais gente do que na época de Jesus.
Mas, ao longo desses sessenta e tantos anos, um mundo completamente diferente passou a se desenvolver em torno do pequeno Israel. Os grandes impérios coloniais que constituíram os mandatos para a criação da pátria judaica já não existem mais. A independência das nações árabes fez surgir regimes tirânicos, governados por homens que, assim como Hitler, têm uma obsessão insana de ver o Estado judeu e seu povo completamente eliminados da face da terra. Até mesmo no “civilizado” Ocidente, essas pessoas estão alimentando uma apavorante exibição internacional de ódio, caos e radicalismo.
Quem são esses indivíduos beligerantes? O que os motiva e por que agem de forma tão brutal em sua determinação de atingir pessoas inocentes? A falta de respostas tem deixado muita gente frustrada, desinformada e extremamente confusa.
Por essa razão, tentamos esclarecer as questões relacionadas ao Oriente Médio. Em nossas publicações, buscamos responder algumas dessas perguntas desconcertantes. Esperamos que os leitores tenham uma nova percepção do milagre extraordinário representado pela existência de Israel – milagre que muitos parecem ter esquecido.
Existe realmente um plano por trás de tudo o que aconteceu, está acontecendo e irá acontecer no futuro. Deus, que é soberano, está nos conduzindo a uma inevitável consumação.
Enquanto esquadrinhava os eventos que assolam o mundo de hoje, um amigo meu comentou: “Gostaria que tudo isso já tivesse acabado. Quem dera o Senhor voltasse hoje!” Bem, somos compelidos a acreditar que tudo isso chegará ao fim, talvez muito mais cedo do que imaginamos. O certo é que o último capítulo já foi escrito e nós, juntamente com o remanescente de Israel, estamos do lado vencedor. É o que está escrito na Bíblia. (Elwood McQuaid - Israel My Glory - http://www.beth-shalom.com.br)