segunda-feira, 31 de maio de 2010

A CURA DE NAAMÃ E SUAS CONSEQUÊNCIAS !!!




INTRODUÇÃO – Em Naamã temos um homem no seu apogeu: acompanhado de glórias, sucesso, muito respeitado por todos, vitorioso nas batalhas, capitão e comandante do exército do rei da Síria, de quem se deveria esperar muita saúde e energia. Mas a Bíblia diz que ele era leproso. Que contraste! Que problema! Que dor. Que vergonha! Aos olhos dos homens vantajosos e vitoriosos, mas aos olhos da introspecção e de Deus, um derrotado e condenado à morte. Na Bíblia, a lepra sempre foi tida como coisa letal ou mortal, simbolizando o pecado. É verdade que hoje há tratamento para a lepra mas não para o pecado, senão no sangue de Cristo.


A cura de Naamã :
1. O EXPEDIENTE DE UMA MENINA ISRAELITA QUE O SERVIA :
“E saíram tropas da Síria, da terra de Israel, e levaram presa uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã. E disse esta à sua senhora: Antes o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. Então foi Naamã e notificou ao seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel.” (II Rs. 5:2-4). O que uma menina israelita, escrava e de menor poderia fazer para curar ao seu Senhor? O que uma estrangeira pode fazer por nós? O que uma doméstica pode fazer pelo patrão, a não ser serví-lo e comer da sobra da mesa e depois que todos comerem? Não é assim em nosso País? Mas Deus tem seus métodos e seus tratamentos. Usa as coisas que não são para confundir as que são. Usas coisas desprezíveis para confundir as poderosas. “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;” (I Co. 1:27, 28). O rei não ridicularizou a menina, antes buscou fazer o que ele dissera. Conheço história de muitas pessoas importantes que são evangelizadas por pessoas serventes.
2. NAAMÃ PREPARA UMA GRANDE COMITIVA PARA IR AO PROFETA :
“Então disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. E foi, e tomou na sua mão dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupas. E levou a carta ao rei de Israel, dizendo: Logo, em chegando a ti esta carta, saibas que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra. E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes, e disse: Sou eu Deus, para matar e para vivificar, para que este envie a mim um homem, para que eu o cure da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim.” (II Rs. 5:5-7). Naamã levou consigo uma carta do rei da Síria para o rei de Israel, o que era de esperar, mas isto deu o que falar. Levou também muito ouro e muita prata, muitas vestes reais além da comitiva oficial. Foram 160 quilômetros para chegar à Samaria. Ao chegar foi surpreendido com a postura do homem de Deus, quando lhe diz: Então Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado. Porém, Naamã muito se indignou, e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, pôr-se-á em pé, invocará o nome do SENHOR seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso. Não são porventura Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado? E voltou-se, e se foi com indignação. Então chegaram-se a ele os seus servos, e lhe falaram, e disseram: Meu pai, se o profeta te dissesse alguma grande coisa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado. (II Rs. 5:10-13). PARA QUE SETE MERGULHOS? POR QUE TERIA QUE SER NO RIO JORDÃO? POR QUE ELISEU O RECEBEU DE MANEIRA TÃO SIMPLÓRIA?
Naamã precisava de despir-se de algumas coisas como :
a) Presunção ou prepotência – Como isto tem impedido de “grandes” homens de serem curados! Por detrás da farda, estrelas, gemas etc. pode estar um orgulho letal;
b) Racionalismo -
Naamã tentou racionalizar as coisas dizendo que esperava outro comportamento do profeta de Deus e até mesmo, água por água, em Damasco havia rios mais limpos que o Jordão. O racionalismo pode impedir muitos de chegarem ao simples, humilde, Cordeiro de Deus, Jesus Cristo;
c) Sua tradição religiosa -
Tudo até então era feito a moda dele. Dr. Donald Grey Barhouse costumava dizer: “Todos têm o privilégio de ir para o céu à maneira de Deus ou ir para o inferno à sua própria maneira”.
d) Diplomacia -
Naamã foi com estilo diplomático e com relações próprias esquecendo-se de que Deus não olha para as nossas honras e glórias, nossos status e méritos, nossas medalhas e parâmetros (I Pd. 5:6).
e) Cólera ou indignação -
Este mal é coisa inerente ao ser humano. Mas chega o momento quando Deus manda espelir ou botar para fora, despir-se dele ou alijá-lo da mente e do coração. Aos que buscam ao Senhor está o dever de fazê-lo com humildade e tremor e ao recebê-Lo deixar tudo no altar ou do lado de fora.
f) Pecado -
A lepra era por si só um mal. Pior, símbolo de um mal hereditário – o pecado. Naamã precisa deixar o pecado o que é doloroso para muitos. D. L. Moody disse: “Naamã perdeu a calma, perdeu o orgullho, perdeu a fama, perdeu a lepra e confessou-se ao Senhor (v. 15), recebendo o que dinheiro ou ouro algum pode comprar – a graça de Deus.
g) Como sétima coisa -
Naamã mergulhou para nunca mais necessitar de mergulhar outra vez. É o mergulho do arrependimento e fé. É o mergulho da conversão. É o mergulho que resolve – libertação para sempre e sempre NAAMÃ VIU-SE LIMPO, SARADO E QUIS FAZER OFERTA AO PROFETA, AO QUE OUVIU DO PROFETA “Porém ele disse: Vive o SENHOR, em cuja presença estou, que não a aceitarei. E instou com ele para que a aceitasse, mas ele recusou. E disse Naamã: Se não queres, dê-se a este teu servo uma carga de terra que baste para carregar duas mulas; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao SENHOR.” (II Rs. 5:16-17).
Conclusão: (Hb. 11:6).