quarta-feira, 5 de maio de 2010

PRATICANDO O AMOR !!!




Falar de amor, no meio evangélico, é algo extremamente comum. Não há púlpito e nem pregador que não gaste boa parte de seu tempo de exposição da Palavra falando sobre amor. Mesmo dentre os escritores bíblicos, esse tema é bastante recorrente. O próprio Jesus, ao ministrar na Terra, falou e praticou o amor de forma insistente. A Bíblia, por sinal, é um manual de amor. O problema é compreendê-lo e praticá-lo em sua forma mais sincera e próxima àquilo que o Pai de nós espera. Nosso “discurso” acerca do amor é, por vezes, romantizado e verbalizado de forma a torná-lo algo etéreo, subjetivo, desprovido de comprovação prática. O grande apelo deste estudo é fazer com quê coloquemos na prática do nosso dia a dia expressões de amor que rompam os limites da teorização, da teologização e adotem um caráter próximo da nossa realidade, que seja a nossa verdade cotidiana.
Contexto :
As três ocasiões mencionadas nos textos de base deste estudo refletem momentos de Jesus em pleno ministério. A Parábola do Bom Samaritano é contada pelo Mestre já na fase final de Seu ministério, estando Ele a caminho entre Jericó e Jerusalém. A cura da mulher hemorrágica (como a maioria dos milagres de Jesus) acontece um pouco antes, nas proximidades do Mar da Galiléia. Já o ensino acerca do perdão é parte de um dos discursos de Jesus em Cafarnaum. Há algo em comum nas três ocasiões mencionadas: Jesus já ensinou muito, já pregou diversas vezes, já curou e realizou maravilhas que O fizeram muito conhecido. Multidões caminhavam dias e dias para encontrá-Lo, ouvir Seus discursos e oferecer suas enfermidades para que fossem curados. O milagre também está presente neste contexto: Jesus segue curando e realizando maravilhas com o objetivo de fazer-Se conhecido como Messias e de demonstrar, na prática, o Seu grandioso e perfeito amor. Parece-nos, inclusive, que os milagres que Jesus realizou são, em primeira instância, expressões de amor de um Mestre profundamente comprometido com as necessidades e mazelas de um povo pobre e desamparado. Jesus cura para ser visto como Messias? Sim! Mas, primordialmente, porque AMA aquela gente e deseja fazer o bem a elas. E em nosso caso? O quê fazemos, de prático para demonstrar nosso amor? Proponho TRÊS palavras, relacionadas aos textos-base, para serem inseridas em nosso dia-a-dia, de forma a praticar o nosso amor.
Ensino :
1) O bom samaritano demonstra CUIDADO com o próximo.
• Esta é a verdade contida na parábola do bom-samaritano. O amor pela pessoa vítima dos ladrões foi exercido por aquele que cuidou dele.
• Pessoas necessitam de cuidados especiais e uma das maneiras de colocarmos nosso amor em prática e cuidando de suas necessidades.
• O socorro a todas as formas de necessitados é missão dos cristãos, pois se amarmos como Cristo ordenou, cuidaremos delas com o mesmo amor com que Ele cuidou de nós.
• O amor que Jesus menciona nessa parábola é altruísta, pois não pressupõe nenhuma recompensa; é liberal, pois exige sacrifício daquele que se dispõe a amar e é impessoal, pois não está direcionado a alguém que se conheça, com quem se tenha algum tipo de relação.
2) A mulher hemorrágica obteve a ATENÇÃO de Jesus.
• Todas as pessoas necessitam de atenção. Queremos ser ouvidos, ter nossas necessidades conhecidas, ter com quem compartilhar nossas idéias, experiências e mazelas.
• A principal lição da história da mulher hemorrágica é que Jesus, o homem mais importante da História, interrompeu sua agenda para dar atenção a alguém que não era importante pra ninguém.
• Nem mesmo a mulher se sentiu digna da atenção do Mestre: ela tentou obter dEle a cura sem que Ele percebesse. Ela não queria incomodá-Lo, mas Jesus a amou. E o amor de Jesus, neste caso, se materializou não apenas através do milagre, mas da atenção que Ele dispensou a ela.
• Precisamos aprender a dar mais atenção a pessoas e menos atenção a “coisas” ou projetos pessoais. Nossa agenda vive abarrotada de compromissos pessoais que acabam por inviabilizar a demonstração do nosso amor através da atenção.
3) O ensino a Pedro demonstra a necessidade do PERDÃO.
• O perdão não é algo naturalmente afeto ao ser humano. Nossa carne sempre pende para a vingança, de sorte que perdoar passa a ser uma atitude que demanda decisão. Essa decisão de perdoar materializa o nosso amor.
• O “natural” de quem conhece a Jesus ir “na contra-mão” da carne e perdoar. E, diferente do que pensava Pedro, perdoar indefinidamente, quantas vezes for necessário, da mesma forma que Jesus perdoou.
• Se consideramos a parábola proposta a Pedro no texto, entenderemos que, tendo recebido tamanho perdão de Deus, não somos dignos, não temos o direito de negar perdão a quem quer que seja. Nem mesmo aos nossos inimigos.
Painel :
• Das práticas mencionadas, qual é a que você tem maior dificuldade em praticar no seu dia-a-dia?
• O que é mais fácil: DIZER “eu te amo!” ou demonstrar isso em gesto?
Conclusão :
Qualquer um é capaz de dizer que ama. Somos chamados a fazer algo mais do que isso e demonstrar, na prática, que amamos como Jesus amou. Difícil? Sem dúvida é, mas esse é o principal ensino dEle.

CITAÇÕES BÍBLICAS ÚTEIS NESTE ESTUDO

“Se me amais, guardai os meus mandamentos.” (Jo.14:15)
“Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós,
e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.” (1Jo.4:10)
“Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?” (Mt.5:44-46)
“Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor.”(Ef.4:1-2)
“Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro;” (1Pe.1:22)