quinta-feira, 20 de maio de 2010

POLÍTICOS NOS PÚLPITOS: A INSUPORTÁVEL INVASÃO !!!



Não é de hoje que a igreja brasileira vem se “prostituindo” com a política. Como uma prostituta de beira de estrada (desculpe a grosseria) muitas denominações se entregam a partidos políticos em troca de dinheiro para reformar seus templos ou financiar congressos, uma conferência ou outro evento qualquer. Isto é uma relação tão promíscua e absurda que certos pastores nem têm nenhum pudor em entregar seus púlpitos (e seu rebanho) a homens e mulheres ímpios – alguns até ateus – interessados em favores e regalias que contemplem suas denominações (o que basta!).
Na época que antecede as eleições começa a “farra do boi”. A casa de Deus em muitos lugares vira a casa da mãe Joana! Centenas de púlpitos se transformarão em palanque e tribunas eleitoreiras, onde a demagogia partidária tomará o lugar e a honra que deveriam ser dadas somente ao Senhor Jesus.
Sempre achei o fim da picada políticos invadirem os cultos e demais eventos evangélicos com aquelas máscaras de falsa simpatia e falsa generosidade, quando em seus corações o que eles vêem nem são pessoas, enxergam apenas mais eleitores, mais votos. Com uma mão pedem a bênção de Deus e com outra recebem a ajuda do capeta!
Mais horroroso ainda é a atitude patética dos pastores que lhes entregam os microfones em pleno culto, permitindo que tais homens ou mulheres cheios de segundas intenções ensaiem rápidos discursos em tom religioso, citem certos chavões bíblicos ou imitem os crentes com cumprimentos no bom, batido e besta evangeliquês do tipo “a paz do Senhor irmãos” – haja paciência para agüentar tanta teatralidade, tanta estupidez.
Outra coisa que acho o fim do fim da picada são os pastores que dividem o tempo entre o ministério pastoral e cargos políticos. Isto sim é um dos maiores disparates. Não adianta quererem dar exemplos de estadistas bíblicos, ou de Martin Luther King, etc., porque isto não cola pra mim! Na minha humilde opinião se o sujeito quer ser político, que dê adeus ao púlpito! Quer púlpito, dê adeus à política!... O quê, deputado e pastor? Senador e bispo? Vereador e apóstolo? Uma vírgula... Coração dividido, isto sim! Isto não rola e nem cola! Pra mim não! Jesus disse que não se pode servir a dois senhores e ponto final!
Entendo que é preciso que homens e mulheres tementes a Deus estejam em posições estratégicas, mas entendo também que há muitos líderes evangélicos que se corrompem e causam escândalos de proporções gigantescas, que mais atrasam do que adiantam para a causa do Evangelho. Atualmente há pastores, missionários, apóstolos, evangelistas, etc., que são analfabetos políticos, não entendem quase nada dos cargos que ocupam e que são colocados lá pelos membros de suas denominações, para obterem vantagens e favores para si mesmos e, quando muito, legislando em prol de suas igrejas ou criando projetos para batizar ruas com nomes de antepassados crentes ou praças da Bíblia – desculpe a ironia de novo. No geral vários políticos crentes são ilustres desconhecidos para as comunidades às quais deveriam servir. São celebridades anônimas para as pessoas de seus bairros e cidades, conhecidos tão somente nos quintais de suas igrejas.
Homens e mulheres honestos sabem que não conseguem conciliar estes dois jugos (dividir tempo entre púlpito e cargo político).