Quando Jesus apareceu a João na Ilha de Patmos, a primeira parte da Sua Revelação constava de Sete Cartas aos mensageiros de Sete Igrejas, especificamente nomeadas na Ásia, as quais João conhecia bem, pois muito do seu ministério transcorrera naquela região da Ásia (Ap 2 e 3). Havia mais do que sete Igrejas naquela região, mas apenas sete foram escolhidas por Cristo para receber mensagens. A ordem em que as mensagens são apresentadas provavelmente não seria a ordem em que as Igrejas seriam visitadas por um viajante. Muitos estudiosos dispensacionalistas crêem que Cristo selecionou as Igrejas nesta ordem específica para profeticamente sugerir sugerir as maiores tendências da história da Igreja, mas esta não é uma crença universal. Um estudo da história revela que a Igreja tem passado por sete períodos ou estágios básicos:
1)Éfeso é a Igreja Apostólica (Pentecostes, até o ano 100 dC).
2)Esmirna é a Igreja Perseguida (ano 100 até 316).
3)Pérgamo é a Igreja é a Igreja Mundial (ano 316 até 800).
4)Tiatira é a Igreja Medieval (ano 800 até 1517).
5)Sardes é o surgimento da Igreja Estatal (ano 1517 até 1750).
6)Filadélfia é a Igreja Missionária (ano 1750 até 1900).
7)Laodicéia é a Igreja Apóstata (ano 1900 até o Arrebatamento).
Tanto as Parábolas do Reino (Mt 13) quanto as cartas às Igrejas (Ap 2 e 3) descrevem o curso desta era atual, sugerindo uma relação entre essas duas porções das Escrituras. A Parábola do Semeador e a Igreja de Éfeso representam a era dos apóstolos e retratam o fracasso de se deixar o primeiro amor. A Parábola do Joio e a Igreja de Esmirna mostram a total perseguição pelo inimigo. A Parábola da Semente de Mostarda e a Igreja de Pérgamo refletem a Igreja se tornando uma instituição do Estado sob Constantino, o Grande. As aves impuras (nações) encontram refúgio lá. A Parábola do Fermento e a Igreja de Tiatira são a Igreja Medieval. Suas abominações são um reflexo da mulher Jezabel, a meretriz que corresponde à mulher na Parábola do Fermento. A Parábola do Tesouro Escondido e a Igreja de Sardes, tendo a reputação de viva mas estando morta, refletem a era da Igreja Estatal, onde a Igreja pertence Àquele que comprou o Campo. A Parábola da Pérola e a Igreja de Filadélfia mostram a Igreja ideal, e aquela Pérola sendo o Corpo ideal de Cristo. A Parábola da Rede e a Igreja de Laodicéia refletem o juízo vindouro de Deus.
Poder-se-ia concordar que algumas Parábolas ou Cartas podem se sobrepor, mas os temas principais ilustram o curso desta era atual. Ao olhar para a história dos dois últimos dois milênios, é possível ver como essas alusões proféticas podem ter sido cumpridas. Um sinal do retorno próximo de Cristo é o fato de que estamos no final da era segundo essas duas passagens. O Arrebatamento da Igreja e o Juízo Final de deus são os únicos eventos proféticos que ainda faltam ser cumpridos nesta era.
Uma aplicação prática da mensagem às Sete Igrejas pode ser feita com base individual. Podemos prontamente ver que essas Sete Igrejas representam sete métodos de ataque de satanás contra a Igreja ou indivíduos cristãos dentro da Igreja. Em qualquer era que o cristão possa viver, ele deve revestir-se de "Toda a Armadura de Deus" (Ef 6:10-18) e "Resistir ao diabo" (Tg 4:7; I Pe 5:9).
